sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Breves Reflexões 059/100


59- Milho de Pipoca (BR 61)

Hoje estaremos refletindo num texto de Rubem Braga (1913 – 1990) grande pensador brasileiro nascido em Cachueiro de Itapemirim – ES.

“A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira com uma mesmice, uma dureza assombrosa. Só estas pessoas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos – Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado.

Piruá é o milho que se recusa a estourar.

São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste, ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é do lixo.

Pense bem, se você tem sido uma pipoca estourada ou um piruá...

(Do livro: O amor que acende a luz, de Rubem Braga)

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

Conheça o meu blog: alfredopam.blogspot.com - o seu comentário é muito importante. Tenho blogs também no “brasilmetodista”, na UBE- União dos Blogstas Evangélicos e no WWW. Sônico- Comunidade: “Somos Metodistas”.

Veja também meu SIT em fase de reformulação: www.alfredopam.adm.br

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Breves Reflexões 058/100


58- Louvor, Adoração e Missão. (BR 75)

“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” (Mt 5.16).

“Relacionar louvor e adoração com o chamado missionário da igreja e de cada cristão, nos dias atuais, é algo urgente. A razão é simples e séria. Ao mesmo tempo em que no nosso país, no contexto evangélico, vemos uma grande movimentação de música, danças, encontros... Percebe-se também, proporcionalmente, uma ação missionária aquém do que precisa ser. Certamente essa não é vontade de Deus.

O (a) cristão (ã) está aqui para fazer diferença, sendo “sal da terra e luz do mundo”. Mas a teoria, por si, não basta. É preciso que, em meio a toda movimentação, o Espírito Santo encontre espaço para revelar, de maneira cada vez mais profunda, que Deus deseja mover no meio do seu povo e levantar, nesses dias, uma geração altamente comprometida com a missão, para vivê-la em todo tempo e lugar de diversas formas, e, sobretudo, em santidade.

É desejo de Deus que o seu povo esteja conectando louvor e adoração com o compromisso missionário, pois, do contrário, o culto ficará vazio de significado, a vida sem propósito e o fruto colhido será uma espiritualidade superficial e sem impacto. Fazer essa conexão é “simples” e também muito desafiador; basta abrir o coração ao mover do Espírito Santo, tirar os olhos de nós mesmos, pondo-os em Deus, colocando-O em primeiro lugar, amá-Lo de todo coração, alma e entendimento. Assim, o Senhor vai nos dar maior sensibilidade e nos fazer perceber que todo dom é uma concessão d’Ele, para o serviço em sua obra, abençoando vidas que estão em muitos lugares, inclusive na própria igreja, carentes do seu amor. Com essa postura, vamos entender que, para o (a) cristão (ã), ser servo é o que importa e que o louvor e adoração não são objetos de consumo, mas sim, um estilo de vida que gera muitos frutos para a glória de Deus!

É preciso que se tenha a expectativa de que Deus mova em nosso meio, toque os corações de maneira “especial” e traga unção renovada para dada um. Oremos para que Ele, em um ambiente de louvor e adoração, nos dê a visão de sua glória e abra os nossos olhos para vermos a nós mesmos, as pessoas com suas necessidades e que cada um diga: “Senhor, conta comigo. Eis-me aqui, envia-me a mim. Cumpre a tua vontade em minha vida’”. (Do Pastor Osman de Oliveira Ferraz – Transcrito Encontro nº 31 de 02/08/2009).

“Quero que em todos os lugares os homens orem, homens dedicados a Deus; e que, ao orarem, eles levantem as mãos, sem ódio e sem contendas.” (1 Tm 2.8).

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira


sábado, 13 de agosto de 2011

Pais Maus

Em homenagem aos pais que levam a sério a sua missão.

Pais Maus

(Dr. Carlos Heckthener – Médico Psiquiatra)

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.

Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram-me).

Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer: sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas... As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

“Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!

Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar)”.

“Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência. – Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.

Foi tudo por causa dos nossos pais!

“Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram.

“EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES”! – Fim. (Transcrito em 20/12/2010- 2ª feira – pelo Ev. Alfredo Vieira da Igreja Metodista Central de Juiz de Fora – MG – BR – do Email de um correspondente).


Esquisitisses Religiosas

- Esquisitices Religiosas. (BR 214)

Eu sei que o termo “esquisitices religiosas” é bastante esquisito, principalmente para os acadêmicos. Mas estamos em 1965, eu estou com vinte e nove anos e desde que me entendo por gente sou membro de igreja evangélica. Se eu tive um momento de conversão, foi no útero de minha mãe, pois ela realmente se converteu a Cristo quando aguardava meu nascimento. Contudo tenho a consciência do chamado para um Ministério Especial, que ainda não consegui discernir com muita clareza.*

Durante minha vida, tenho assistido muitas inovações no meio religioso e nos últimos tempos até a própria Igreja Católica, entendida por mim como a guardiã das tradições chamadas cristãs, vem se sucumbindo ante as pressões do “niilismo” imperante no mundo atual.

Lembro-me, que no final da década de quarenta, mataram uma mulher durante o culto, em uma cidade do interior mineiro, a pretexto de estarem expulsando dela uma serpente, o que provocou uma comoção internacional. Mas logo o fato foi esquecido e os profetas das “esquisitices” continuam operando.

Por isso, nessa manhã de primavera, resolvi refletir um pouco sobre este tema. Primeiramente, procurei entender o significado do termo “esquisitices”. Descobri que ele significa “excentricidade” e que “excentricidade” significa “fora do centro”. Ora se eu pensar em termos da física ou da mecânica, descubro logo que isto deve provocar alguns conflitos muito interessantes. Deve gerar barulho, sacudidelas e desvios constantes da rota, ou melhor, deve caminhar sem rota certa ao bel prazer de agentes desajustados e que não podem oferecer qualquer tipo de segurança. Um verdadeiro caos.

Mas posso verificar que esquisitices não é coisa exclusiva do nosso tempo. Paulo já deparou com um homem esquisito que queria pagar pelo seu dom e foi até perseguido por eliminar o poder “adivinhatório” de uma mulher que propiciava renda ao seu senhor.

Veja bem que as esquisitices já estavam ligadas aos interesses financeiros. Com o tempo, foram surgindo muitas esquisitices dentro da igreja até que ela acabou perdendo sua identidade cristã, envolvendo-se com costumes estranhos (sincretismo religioso) a tal ponto que aqueles que queriam vivenciar a simplicidade evangélica não conseguiram viver dentro dela, gerando os conflitos históricos que todos conhecemos.

Em nossos dias, predomina um verdadeiro desespero entre aqueles que desejam alcançar a hegemonia ou o controle religioso das massas. Apelam para os mais estranhos recursos. Assistimos a um movimento que se denomina de renovação e que pretende ganhar o Brasil para Cristo. São produtores de milagres programados e de testemunhos mirabolantes que geram as mais estranhas expectativas entre as pessoas mais humildes e mais crédulas. Homens e mulheres que se consideram renovados com poderes especiais para expulsar demônios, fazer curas e outras maravilhas que encantam as massas e enchem os templos.

São objetos consagrados, tais como envelopes abençoados, Bíblias abençoadoras a preços absurdos e orações em linguagens tão estranhas que nem eles mesmos sabem o que estão dizendo (linguagem dos anjos), fitinhas para amarrar nos punhos.

Na idade média, copiando o paganismo, a Igreja negociava o céu, o inferno, o purgatório, e também fitinhas e outros objetos, tais como pedaços da cruz de Cristo, rezas poderosas que levavam o nome dos santos. No meio evangélico é bastante esquisito este tipo de negociação, mas está pegando também. As Mães de Santo do Candomblé também negociam fitinha há muitos anos e fica até simpático.

“ Sem dúvida que pagar uma fortuna numa Bíblia abençoadora pode parecer melhor do que adquirir uma caixa de uísque, conforme afirma certo pregador, mas, com certeza, o dano ESPIRITUAL é bem maior do que tomar um porre de uísque.”

São verdadeiros fetiches que envenenam as mentes e afastam os homens da verdade evangélica, aquela que, de fato LIBERTA e nos põem em comunhão com o verdadeiro Deus. Estas coisas estão ocorrendo e não conseguimos vislumbrar nenhuma possibilidade de controle, pois eles contam com o apoio da lei que garante a liberdade religiosa. Com a religiosidade e a superstição do nosso povo tão sofrido em busca de esperanças a qualquer custo, eles conquistarão cada vez mais um espaço maior. Hoje está mais fácil criar e estabelecer uma igreja do que organizar um boteco para vender pinga ou instalar uma barraca na calçada de uma rua qualquer. (Este texto foi escrito em 1965, quando o movimento de renovação espiritual surgia no meio evangélico e o de renovação carismática surgia entre os católicos).

Fica aqui o nosso apelo para que líderes religiosos e homens de bem que detém o poder de manter a ordem em nosso país, pensem nisso. (P/AViS- Primavera de 1965).

O povo Cristão precisa clamar como o Salmista: “Já é tempo, SENHOR, para intervires, pois a tua lei está sendo violada”.

Que hoje seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

*O Ministério a que me refiro foi concretizado nos princípios que regem o “Projeto Amor: Cristo, verdade que liberta” que passou a nortear minha vida religiosa e espiritual a partir da década de setenta. (Veja SIT - WWW.alfredopam.adm.br)

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Breves Reflexões 057/100


57- Me Enganei. (BR 71)

“Então o Senhor Deus perguntou à mulher: - Por que você fez isso? A mulher respondeu: - A cobra me enganou, e eu comi.” (Gn 3.13).

Viajava de ônibus e, depois de horas, aconteceu a primeira parada num restaurante.

Todos desembarcaram, e, via de regra, boa parte dos passageiros procurou o banheiro.

Logo encontrei uma placa em que estava escrito: “Sanitários”. Na porta estava o desenho de um guarda-chuva. Acreditei que fosse o sanitário masculino. Entrei. Para minha surpresa, vi junto ao lavatório uma senhora com uma menina. Saí às pressas e me dirigi à porta ao lado. Mas lá estava uma placa com a palavra: feminino. Seriam os dois sanitários femininos?

Pensei e me dei conta de que, naquele banheiro, onde estavam a senhora e a menina, certamente sua filha, eu havia visto as peças sanitárias típicas de banheiro masculino. Tornei a entrar. Para minha surpresa, encontrei novamente a senhora. Essa logo foi dizendo: “Moço (apesar de meus cabelos brancos), o senhor entrou pela porta errada”. Apontei então para os mictórios junto à parede. Só então perceberam que elas estavam no banheiro errado.

Enganos acontecem. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta e precisam de ser alertadas. Em Provérbios 14.12, lemos: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”.

Você está mesmo seguindo o caminho certo? Jesus por sua vez nos alerta dizendo: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”. Pense bem. Não é religiosidade, milagres ou curas que salvam. Mas é fazer a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que você entre pela porta estreita e siga o caminho apertado que conduz para a vida.

Você deve decidir enquanto é tempo. Não insista em permanecer no engano, porque Jesus afirma: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim”.

“E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” (Jo 8.32).

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev Alfredo Vieira

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Breves Reflexões 056/100

56- Sobre a Espiritualidade. (VII/XII) (BR 050)

CONCLUSÃO –

Com isso concluímos a questão do “Fruto do Espírito” e não a questão da Espiritualidade que ainda enfocaremos em mais seis textos.

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” (Gálatas 6.1).

A espiritualidade é também consequência de uma constante vigilância.

Precisamos fazer uma distinção entre religiosidade e espiritualidade. A religião está relacionada com a prática de ensinamentos doutrinários e de costumes que se resumem em crenças em dogmas religiosos, rituais, orações e outros elementos externos que identificam cada religião.

Já a espiritualidade relaciona-se com aqueles atributos que qualificam comportamentos e qualidades do espírito humano, tais como o amor, a compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, contentamento, noção de responsabilidade, noção de harmonia, que definem o estado de felicidade tanto para a própria pessoa quanto aos que ficam próximos por qualquer tipo de relacionamento.

Daí a importância de sabermos fazer diferença entre os frutos do Espírito Santo e os frutos da carne.

O fruto do Espírito Santo está em direto contraste com as obras da natureza pecaminosa citadas em Gálatas 5:19-21: "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21 descreve a vida das pessoas, em proporções diferentes, quando elas não conhecem a Cristo e, portanto, não estão sob a influência do Espírito Santo. Nossa carne pecaminosa produz certos tipos de fruto (Gálatas 5:19-21), e o Espírito Santo produz outros tipos de fruto (Gálatas 5:22-23).

O estudo do fruto (ou frutos) do Espírito Santo é extremamente importante, e... humilhante. Ao mesmo tempo nos incentiva, nos induz, nos constrange a passar mais tempo e nos dedicarmos mais ao estudo, à oração e à comunhão do Santo Espírito de Deus, também revela nossas falhas, nossas omissões, defeitos e a deformação que o pecado produziu em nossa alma, em nosso ser.

A produção de frutos é um ato natural. Toda árvore frutífera tem frutos. Bons ou maus, úteis ou inúteis, visíveis ou invisíveis. É algo tão natural quanto a água que molha, ou o fogo que queima. Árvores que não dão frutos são árvores que sofrem de algum tipo de deficiência.

O apóstolo Paulo, com certeza, não tinha consciência da profundidade e nem das implicações da figura que utilizou em Romanos 11 ao nos comparar à oliveira brava (zambujeiro) que foi enxertada à oliveira produtiva.

Conforme o entendimento que o Senhor me deu (assim eu creio) o principal fator que faz com que o galho produza frutos é a SEIVA. Sem seiva não há vida, não há fruto. Não adianta amarrar um galho num caule ou num outro galho sem fazer com que os canais que conduzem a seiva (vasos lenhosos e liberianos) sejam restaurados (técnica de enxerto). Falo mais sobre isso na série de mensagens sobre os FILHOS DE DEUS: A TRANSFORMAÇÃO (2). Não é o galho que dá o fruto. O galho é o instrumento da seiva. É um trabalho conjunto, um trabalho em equipe. SEM A SEIVA O GALHO JAMAIS PODERÁ PRODUZIR FRUTOS. E as igrejas de Cristo estão cheias de galhos que não tem como produzir frutos. São galhos secos, galhos mortos. Galhos que não estão enxertados. Os vasos internos não foram restaurados, e, portanto, não permitem a passagem da seiva mandada pela raiz e pelo caule através da “fotossíntese”.

Num outro giro, eu entendo ser necessário comentar sobre Lucas 13:6-9 que fala sobre o homem que plantou uma figueira dentro da plantação de uvas. E em três anos não tinha produzido nenhuma fruta. O hortelão intercedeu pela figueira e pediu que tivesse paciência por apenas mais um ano, que ele próprio iria regá-la e adubá-la. Se fosse inútil, então que a substituísse por outra árvore (talvez outra figueira).

Conforme coloco na mensagem inicial, há que se diferenciar o
fruto da obra (Jo.15:16), e o fruto do espírito. Há uma época certa para que haja fruto da obra, mas o fruto do espírito é permanente. Precisamos desse fruto (ou frutos) o ano inteiro. Mais ou menos como jabuticaba. É só molhar o ano inteiro que dá o ano inteiro.

Quem é o hortelão responsável por adubar e regar a figueira? Nós, obreiros da casa do Senhor. As plantas sintetizam (fabricam) o próprio alimento a partir de água e sais minerais e na presença de luz. Então, nós, obreiros, temos que dar às "arvores" sob nossa responsabilidade, a maior quantidade possível de água, luz e sais minerais. Nós, obreiros somente podemos dar água e sais minerais. A luz vem de Deus. Água é consolo, amor, carinho e atenção. Sais minerais são a Palavra de Deus. Luz é a presença de Deus. Podemos amor, carinho, atenção e ministrar a Palavra de Deus. Mas a luz (presença de Deus em oração) precisa ser buscada por cada "árvore" (cristão).

Têm chegado os dias em que se cumpre as palavras do Profeta Amós (8:11-12) quando a Palavra de Deus não tem sido por e para Deus, e sim pelo e para o homem. Sem a genuína Palavra de Deus, os cristãos têm ficado enfraquecidos e se tornado presas fáceis do diabo.

O(a) amado(a) leitor(a) tem sido dominado pelo Espírito de Deus de um modo tal que tem produzido o(s) fruto(s) do espírito? A tua permanência na igreja depende disso. Se não, por quais motivos? A tua sobrevivência depende da resposta.

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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