quarta-feira, 19 de maio de 2010

29- Revisão.

Introdução.

Observa-se hoje na sociedade uma grande procura de espiritualidades, novas formas de ser e de estar, emancipadas das instituições que até agora possuíam o monopólio da organização e da responsabilidade. A consciência humana pretende dar um passo em frente no seu desenvolvimento. As instituições terão de se humanizar e não continuar a justificar-se pelo seus próprios fins e objetivos. Doutro modo carregarão sobre si mesmas a responsabilidade de se tornarem obstáculo do desenvolvimento individual de seus membros. O anonimato econômico, social e estrutural tornou-se de tal modo insuportável que, se as instituições estabelecidas não se preocuparem em dar verdadeiras respostas ao homem no seu todo, no respeito efetivo pela sua dignidade, provocará comportamentos insuportáveis.

“A vida não é nem sólida como uma rocha nem firme como a terra. Ela é fluída como os rios e como o mar. É o mistério que a ronda e a perpassa por inteiro, rarefeito e invisível como o ar.” (Dulce Critelli). Entender a vida assim, eis o grande desafio para quem pretende acrescentar algo de bom à própria vida e à comunidade.

Ao “non sense” da nossa vida atual corresponde maior procura de valores perenes e o surgir de novos indicadores de religiosidade. Não é suficiente o aspecto cognitivo da religião, a abordagem racional, o aspecto da mera experiência ou o aspecto vivencial, carece duma religiosidade mais diversificada e profunda. Esta expressa-se nuns como um “sentimento da presença de Deus”, noutros como o “sentir um poder sagrado na natureza”, noutros como “o sentimento de que espíritos de mortos se fazem presentes”, noutros ainda como a “vivência da unidade” ou como “uma relação pessoal com Deus e com o próximo”, etc. Isto deve nos levar a uma preocupação constante com os fetiches e a idolatria, tal quais os profetas de Israel no passado.



Desenvolvimento.

Faremos a nossa revisão, respondendo a seis perguntas de forma objetiva e concisa, tentando com isto aprofundar alguns aspectos que ficaram um tanto obscuros nos textos de nº 21 até o nº 28.

Primeira Pergunta: O que é o Reino?

Jesus passou em todas as cidades e vilas da Galileia pregando.Qual foi a sua pregação? De certo que o assunto devia ter sido uma verdade muito importante, para que ele quisesse que todos a soubessem! O Evangelho fornece a resposta: ele andava "... pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus ou simplesmente o evangelho do reino." (Lucas 8:1; Mateus 4:23; 9:35).

Ele estava a anunciar as boas novas acerca do Reino de Deus, e o que isto significava era tão bem compreendido pelos leitores desse tempo que Mateus simplesmente se refere como "o reino", sem definir que reino. Quando Jesus enviou os seus discípulos a ensinarem, foi com a mesma mensagem (Lucas 9:2).

Todo o ser humano professa admirar Jesus; muitos declaram amá-lo e segui-lo como Cristãos. Mas pode alguém ser sincero, se não tiver o desejo de saber o que queria ele dizer, ou o tema principal da sua mensagem? O que é este Reino? É simplesmente uma expressão para a influência que Jesus tinha sobre as mentes das pessoas? Significa a comunidade de crentes que o reconhecem como líder? Ele existe, neste momento preciso, sem perturbar a estrutura política das nações e impérios? Ou, antes pelo contrário, devemos compreender este "reino", como tendo um significado tão preciso como o reino convencional. Diante de Pilatos, ele afirmou que o seu reino não é deste mundo. Esta verdade é compreendida quando aceitamos que o reino de Deus está em confronto com os reinos dos homens mas deverá sobreviver e conviver com este até a volta de Cristo, sem se conformar e sem se revoltar. Cabe ao súdito de Deus denunciar com responsabilidade as injustiças e corrupções dos homens à semelhança dos profetas, João Batista, de Jesus e dos Apóstolos.

De acordo com Jesus e os seus apóstolos, a diferença entre acreditar e não acreditar, é a diferença entre a vida e a morte. Não podemos acreditar no que não sabemos; e só podemos saber o que é o Reino de Deus, ao aprendê-lo do Velho e Novo Testamentos - porque o ensino do Novo Testamento é baseado no Velho. Vamos então conceituar as suas evidências:

a-) Daniel diz-nos que nos últimos dias: "...o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre" (Daniel 2:44).

b-) O Reino será implantado na terra, e tomará posse de todos os reinos do Mundo. "...Os reinos do mundo vieram a ser do nosso Senhor e do seu Cristo,e ele reinará para todo o sempre" (Apocalipse 11:15).

c-) O Reino a ser estabelecido será o antigo reino de Israel restaurado. "...restaurará tu neste tempo o reino a Israel" (Actos 1:6); "Naquele dia, tornarei a levantar a tenda de Davi, que caiu" (Amós 9:11); "...a ti virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém" (Miquéias 4:8); "E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou...e vos colocarei sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel" (Lucas 22:29,30).

d-) Ao ser establecido o Reino, os Judeus serão reunidos da sua presente dispersão por todo o mundo, e restituídos à sua própria terra, que será o centro ou o Governo do Reino de Deus. "...Aquele que espalhou a Israel o congregará..." (Jeremias 31:10); "...e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará, desde os quatro confins da terra" (Isaías 11:12); "...Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra" (Ezequiel 37:21).

e-) A antiga Jerusalém será a cidade capital de todo o mundo. "Naquele tempo, chamarão a Jerusalém o trono do Senhor..." (Jeremias 3:17); "...quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte de Sião e em Jerusalém..." (Isaías 24:23); "...e Jerusalém será santidade..." (Joel 3:17).

f-) O povo favorito de Cristo reinará com ele, e herdará o Reino quando todos estes acontecimentos gloriosos se realizarem. "Se sofrermos, também com ele reinaremos..." (2 Timóteo 2:12); "E, ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações; E com vara de ferro as regerá..." (Apocalipse 2:26,27); "Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino, para todo o sempre..." (Daniel 7:18-27); "...Vinde, benditos do meu Pai, possuí por herança o reino..." (Mateus 25:34).




Segunda Pergunta: Como originou a vida em nosso planeta?

Talvez a primeira questão, não seja responder como originou a vida em nosso planeta e sim se existem vidas em outros planetas. A mim parece que o bom censo, a própria natureza e os escritos sagrados confirmam a existência de vidas em todo o Universo. Contudo não é minha intenção levantar aqui esta discussão.

De uma coisa estamos certos e dispensa qualquer comentário, em nosso planeta existem muitas formas de vidas, das quais nós já conhecemos algumas. E aí levanta-se a questão; como estas formas de vida chegaram aqui?

Das três uma: a vida se formou aqui, a partir dos elementos químicos que deram origem ao nosso planeta ("Geração Espontânea"); a vida veio de fora, em estágio de desenvolvimento que pode ter sido mais ou menos complexo ("Panspermia"); ou a vida foi criada aqui por uma inteligência que foge à nossa compreensão (Criacionismo).

A Origem da Vida é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios.
Anaxágoras, predecessor de Sócrates, advogava a favor da "Panspermia".
Aristóteles defendia a "Geração Espontânea". Foi ele o formulador da primeira teoria científica de origem da vida, que conhecemos. De acordo com sua teoria, existiriam dois princípios: um passivo, que é a matéria e outro ativo, que é a forma. Dentro de certas condições esses dois princípios se combinariam, originando a "vida". Assim se explicava como carne podre gerava larvas de moscas, por exemplo.
A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton.
Um dos primeiros opositores de destaque à "teoria oficial" da Geração Espontânea foi o médico e naturalista florentino Francesco Redi (1626-1698). Em resposta a Aristóteles, Redi demonstrou experimentalmente que só aparecem larvas de moscas na carne podre, quando deixamos moscas pousar nessa carne.
A teoria da Geração Espontânea, tal como formulada por Aristóteles, só foi refutada definitivamente no século XIX, graças ao trabalho de Louis Pasteur.
Com o reconhecimento que a vida provém sempre de outras formas de vida, Lord Kelvin, um dos mais importantes cientistas do final do século XIX, retomou a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida teria sido "semeada" em nosso planeta, vinda do espaço.

“A Origem da Vida: A Bíblia diz que houve uma criação especial para a nossa terra. Ela não levanta nenhuma hipótese sobre a existência ou não de vidas em outros planetas. Ela deixa apenas de maneira muito claro que todo o universo está cheio de inteligência que glorifica o seu criador. Quanto à vida aqui ela nos ensina que no início existia o “caos”, uma terra sem forma e vazia e que o Espírito de Deus chocou a vida aqui. Não nos informa de onde vieram os ovos e nem o prazo em que estas vidas foram geradas ou criadas. Apenas nos informa que de início o Criador determinou o surgimento da luz e que para isto isso ele criou geradores em todo o universo, dando assim o início do ordenamento do caos e que em seguida fixou os espaços com luz e sem luz, determinando com isto o firmamento visível e a separação das águas e terras e que a partir daí durante seis dias (o dia de Deus não é o nosso dia, disto a Bíblia fala. Possivelmente o seu dia seja o dia do universo o que seria alguns bilhões dos nossos anos) ele organizou o nosso planeta, criando condições para a implantação da vida que culminou com o aparecimento do homem. Cada vida dentro da sua classificação de tal forma que haverá infinitas combinações modificando as formas, porém cada uma dentro da sua especificação. Assim ele produziu formas variadas em todas as espécies inclusive de homens brancos, negro, vermelhos, amarelos, altos pequenos e até gigantes. Esta visão sagrada parece muito mais racional do que todas as especulações apresentadas até hoje por teóricos e cientistas. Acreditamos que um dia o homem vai ter acesso a este conhecimento e aí ele aprenderá a dominar a morte e terá cumprido a era da graça e aí todo joelho se dobrará diante daquele que afirmou: “Eu sou a verdade e a vida, ninguém irá ao pai senão por mim”. Neste dia cumprirá o Apocalipse 21 e 22 e entraremos na era das bodas, conforme promessa de Jesus.” (P/AViS/31/12/1961 – em noite de vigília dentro de um quartel militar).

Terceira Pergunta: O que é o “Tempo do Fim”?

O que é o Fim dos Tempos?
O Fim dos Tempos ou o “Tempo do Fim” se refere aos eventos finais que antecedem à segunda vinda de Jesus Cristo. E nós vemos que TODA a Bíblia é escrita em torno do Senhor Jesus, o verdadeiro Messias e seu reinado.
É incrível como Deus deu a visão sobre tanto a primeira como também a segunda vinda de Jesus Cristo e os finais dos tempos também aos profetas do Velho Testamento, como Daniel, Ezequiel, Sofonias, Zacarias, Jeremias, Isaías e outros.
Existem ainda outras expressões ao longo da Bíblia que também fazem menção a este mesmo período, por exemplo:
• o fim - Mateus 24:14
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim."
últimos tempos - Judas 1:18
"Os quais vos diziam que nos últimos tempos (no fim dos tempos) haveria escarnecedores [que procuram gratificar seus próprios desejos irreverentes] que andariam segundo as suas ímpias concupiscências."
o tempo do fim - Daniel 12:9
"E ele [o anjo] disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim."
última hora - 1 João 2:18
"Filhinhos [meninos], é já a última hora (o fim desta era); e, como ouvistes que vem o anticristo [aquele que se oporá a Cristo disfarçando-se de Cristo], também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora (o fim)."
Existem ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período.

Quarta Pergunta: O que é idolatria?

Líderes religiosos, templos, catedrais, denominações, status e títulos, tem se tornado verdadeiros ídolos para os falsos cristãos.
Cabeça de elefante, corpo humano, quatro braços, um barrigão e acompanhada de um ratinho, assim é Ganesh, deusa da Índia. Porque Ganesh é deusa pop no concorridíssimo panteão do hinduísmo? Quem responde é o cientista da religião Frank Usarski, professor da PUC – SP. “Ganesh é uma divindade funcional que recebe sacrifícios em momentos determinados, de acordo com a necessidade”.

Os falsos líderes religiosos vivem a ideologia Ganesh. Tais líderes são especialistas na arte de enganar o povo em nome de Deus. São duas estratégias: a primeira é fabricar ídolos conforme a necessidade do povo, e a segunda é torna-se o próprio ídolo com discursos que agrade as solicitudes das pessoas.
Por falta de conhecimento o povo é enganado (Os 4:6). A falta principal é do conhecimento da poderosa Palavra de Deus (Mt 22:29; Jo 5:39).

É vergonhoso o comércio da idolatria dentro e fora dos templos religiosos do Brasil e do mundo.
“Deus é Espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em Espírito e em verdade.” (Jo 4:24). Muitos estão adorando outro espírito, praticando outro evangelho que é o da idolatria e adorando a mentira dos líderes religiosos. Os líderes religiosos estão fingindo que estão pregando Jesus e os fiéis estão fingindo que estão acreditando. Na realidade, estamos vivendo a era mercadológica das igrejas, e a superficialidade da fé.

Em sua coluna semanal na revista Veja, Diogo Mainardi escreveu em 11/06/2003, p. 127: “O Brasil tem deus demais. Tem deus no futebol, nos vidros dos carros, na TV, no rádio, nos hospitais, nas salas de aula, na reforma agrária, na política. Qualquer um pode atribuir-se milagres em nome de várias divindades.

A doutrinação de certas teologias nos templos “ditos cristãos” tem criado uma multidão de idólatras. Para denunciar esse grave pecado contra o Senhor Deus, onde estão os profetas como João Batista? Profetas dispostos a dar suas cabeças em prol da verdade. Fetiches e idolatrias estão por toda parte. Mas afinal como conceituar ou definir a idolatria? Para mim qualquer objeto, ideologia, teologia, filosofia, proclamação que procura conduzir o homem a uma fé salvadora que não esteja centrada em Cristo como nosso único mediador entre o Pai é “Idolatria”.




Quinta Pergunta: Existe realmente algum movimento em torno de uma “Ética Mundial”?

Para responder a esta pergunta, transcrevemos a seguir algumas informações recentes sobre o assunto.

“Esse é o tema de capa da edição 240 da IHU On-Line, de 22 de outubro de 2007.

Diz o Editorial da revista do Instituto Humanitas Unisinos:

O projeto de uma Ética Mundial é a proposta do teólogo de renome internacional Hans Küng, entrevistado especial nesta edição e que vem ao Brasil, nesta semana, para debatê-lo.

Esta edição da IHU On-Line entrevistou também alguns intelectuais que falam sobre a Ética Mundial, como Denis Müller, professor da Universidade de Lausanne; Paolo D’Arcais, diretor da prestigiosa revista italiana Micromega; Paul Valadier, do Centro Sèvres de Paris; Gianni Vattimo, filósofo italiano; Alfredo Culleton, da Unisinos; e Jan Assmann, egiptólogo alemão.

Desta maneira, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU continua o debate que foi propiciado, além das páginas da sua revista, na sua página eletrônica, com a publicação de notas, textos e repercussões da proposta, especialmente no Fórum Ética Global, criado no sítio do IHU.

Trata-se de um debate que a visita de Hans Küng instiga e que continuaremos a discutir nas diversas publicações do IHU".


“Religiões do Mundo em Curitiba
Nesse sábado, dia 17 de abril, realiza-se a exibição do documentário Islamismo no ciclo “Religiões do Mundo”. A primeira sessão ocorrida no sábado passado exibiu o documentário Judaísmo e contou com a participação de mais de 250 pessoas.
O evento vem sendo realizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-Pr). O programa “Religiões do Mundo” foi organizado pela Fundação Ética Mundial presidida pelo teólogo suíço-alemão Hans Küng que se apóia em quatro convicções básicas: não há paz entre as nações sem paz entre as religiões; não há paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões; não há diálogo entre as religiões sem padrões éticos globais; não há chance de sobrevivência para nosso planeta sem uma ética global, uma ética mundial, apoiada por pessoas religiosas e não-religiosas.
A iniciativa em Curitiba é promovida pelo Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT, parceiro estratégico do Instituto Humanitas Unisinos – IHU que abriga o escritório brasileiro da Fundação Ético Mundial e conta com o apoio da Pastoral da Universidade da PUC-Pr.”

Acredito que com estas duas transcrições estamos respondendo de maneira positiva a pergunta proposta.

Lembramos ainda que a globalização está favorecendo o desenvolvimento das redes sociais que vão tomando grande importância em nossos dias. As organizações mundiais começaram a tomar vulto a partir da primeira guerra mundial e a segunda acelerou o processo. Apesar do sistema de rede já ser usado desde a antiguidade, principalmente pelos militares, só a partir do século passado é que elas começaram a se popularizar em nível de empresas (multinacionais) e de ação social. Hoje as redes sociais promovem fóruns mundiais, os sindicatos vão se unindo em organismos mundiais, em fim toda a sociedade tem entendido a redução do planeta e a necessidade dos homens se confrontarem com suas diferenças a procura de interesses comuns. Pela minha observação o judaísmo e o islamismo estão se esmerando nisso. E o Cristianismo? Na década de sessenta parecia que o movimento ecumênico daria resposta a esta questão, mas pelo que podemos sentir ele está morrendo na praia. Os lideres cristãos precisam abrir mão de seus interesses pessoais e buscar a formação de redes eficientes para cumprir a sua missão.
Atentemos para o propósito de Deus: “O povo favorito de Cristo reinará com ele, e herdará o Reino quando todos estes acontecimentos gloriosos se realizarem. "Se sofrermos, também com ele reinaremos..." (2 Timóteo 2:12); "E, ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações; E com vara de ferro as regerá..." (Apocalipse 2:26,27); "Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino, para todo o sempre..." (Daniel 7:18,27); "...Vinde, benditos do meu Pai, possuí por herança o reino..." (Mateus 25:34).”

Como atenderemos a este propósito, se nos mantivermos isolados da humanidade, se não participarmos das grandes decisões que os líderes mundiais terão que tomar? Pensemos nisso!


Sexta Pergunta: O que são eras sagradas?

Criamos esta nomenclatura na década de sessenta, quando escrevemos uma série de textos sob o tema de: “Novas Imagens e Novas Eras”. Alguns destes textos foram publicados no jornal “A Voz do Sul” em Itajubá – MG.

Para dar uma certa ordem aos assuntos enfocados, dividimos o tempo em: Tempo Vulgar ou Histórico e Tempo Sagrado.

O tempo sagrado dividimos em “Eras”: Era do caos; Era da Luz; Era Mosaica ou da Lei; Era da Graça e Era das Bodas.

A “Era do Caos” é o tempo em que o Criador estava colocando ordem no universo para que pudesse surgir a luz e dar início à criação.

A “Era da Luz” é o tempo contado a partir de Adão, o tempo da verdadeira luz, isto é o tempo em que o homem adquiriu consciência de sua existência e aprendeu a pensar. (2.000 anos de Adão até Abrão).

A “Era Mosaica ou da Lei”, inicia com o chamado de Abrão e vai até Jesus Cristo. (2.000 anos a contar de Abrão até a chegada de Jesus).

A “Era da Graça” tem início com o Ministério de Jesus e irá até o dia em que o homem alcançar, dominar e se tornar capaz de vivenciar a “Verdade que Liberta”.
A “Era das Bodas” terá início quando a humanidade for capaz de vivenciar a “Verdade que Liberta!”.

(Para o aprofundamento e reflexões sobre a “Verdade que Liberta” iniciamos no dia 01 de janeiro de 1960, um projeto intitulado: !”Um Projeto de Amor” que dez anos depois passou a ser intitulado: Projeto Amor: Cristo, Verdade que Liberta” – Confira Site: www.alfredopam.adm.br em fase de elaboração desde 1999).

Conclusão:

Estamos assistindo a uma verdadeira privatização da religião acompanhada de uma dispersão generalizada. O mesmo processo se dá na política. O teólogo Karl Rahner afirma mesmo:”O devoto de amanhã será um místico.”. A religião é cada vez menos transmitida, menos experimentada diretamente e por isso menos presente. A complexidade quer da religião cristã quer da política cada vez se distanciam mais do povo devido à sua incapacidade de ser povo, de ser eu-tu-nós e ao fato do povo não ter habilidade para compreender fenômenos complexos e de cada vez estar mais condicionado pela TV que fomenta a opinião sem noção, uma atitude infantil contra o saber, um subjetivismo analfabeto. Se no século passado era dominado em alguns meios o aspecto folclórico, esporte, humorismo e alguns programas culturais, o fato é que hoje a mídia em geral torna-se cada vez mais indigna de salão e o espírito plebeu nos conduz a uma comunicação meramente informativa dos piores fatos que ocorrem ou então se torna cada vez mais mata tempo com distração vulgar e pornográfica.

A vivência religiosa através da experiência é diferente do sentimento religioso através da reflexão cognitiva. No futuro será mais importante a experiência da religiosidade. Aqui está mais presente a experiência do que o ato cognitivo. Naturalmente que na experiência religiosa não faltará o elemento objetivador da reflexão. Este porém não se pode identificar com a experiência mística. A reflexão manca sempre atrás da experiência mística. O aspecto cognitivo a que a pessoa religiosa se encosta, o tipo de espiritualidade, pode constituir uma espécie de crivo. No âmbito cristão diria mesmo que aí a experiência mística ganha um chão possibilitador da individualidade e do nós, tal como na fórmula trinitária cristã.

Neste sentido, as congregações e ordens religiosas terão de fazer um esforço por tornar mais transparente e imediata uma espiritualidade que, através da sua forma de vida conventual conduz lentamente à experiência mística. Hoje essas jóias escondidas nas ordens terão que ser manufaturadas de tal forma a serem apreciadas por um tipo de ser humano apressado e que não suporta muito tempo de preparação, de ascética ou catarsis, dado querer chegar logo ao essencial, à vivência fundamental. Naturalmente que os iniciados no religioso e no numinoso não poderão correr o perigo de, para democratizar tudo, arranjarem atalhos que poderiam levar a identificar uma experiência meramente emocional com a experiência mística. Esta implica que a pessoa passe pelo cadinho do grande deserto místico e não seja confundida com uma espécie de orgasmos que passa e não deixa nenhuma cria. Diria que a experiência mística se realiza para lá de todos os limites, tal como o resultado que o espírito concebe para lá do fenômeno, não o podendo expressar nem através do entendimento nem através da experiência ou seja um novo nascimento.

Hoje já não é a igreja a única transmissora de valores e de auxílio para a vida. Os meios de comunicação social assumem cada vez mais esta função. Dado que a nossa sociedade é dominada pela mentalidade utilitarista não é de esperar para ela muitos impulsos da Igreja ao contrário do que acontecia no passado. Hoje a sociedade deixa-se distrair com a excitação cíclica que os “Medianos” oferecem, assumindo eles ao mesmo tempo a função de cano de escape. Voltaremos a tratar deste assunto no última texto “Conclusão Geral”. (P/AViS-18/05/2010)

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