sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Breves Reflexões nº 86/100

86- VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA - 3/8

(Matéria preparada pelo Ev. Alfredo Vieira de Souza em 1976, destinada às Assembéias Noturnas do Instituto Granbery da Igreja Metodista em Juiz de Fora e revista e atualizada em janeiro de 2012).

Vulgata é uma tradução para o latim da Bíblia escrita em meados do século IV por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.

No século IV, a situação mudara e é então que o importante biblista São Jerônimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para latim e revê a Vetus Latina. A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira e por séculos, a única versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecido como Septuaginta.

Chama-se Vulgata a esta versão latina da Bíblia, que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

O nome vem da frase versio vulgata, isto é "versão dos vulgares" e foi escrito em um latim cotidiano usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre.

Sua Estrutura:

A Bíblia é dividida em dois Testamentos.

1º)- O Velho Testamento

O Antigo Testamento da Bíblia adotada pelos reformados e evangélicos contém trinta e nove livros; o da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), quarenta e seis; e o da Ortodoxa Grega (OG), cinquenta. De um modo geral eles são divididos em cinco categorias gerais, como veremos a seguir.

* O Pentateuco ou Torá. É composto dos cinco livros "fundamentais"; Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Neles vemos como Deus escolheu os israelitas para ser o seu povo, libertou-os da escravidão no Egito e firmou com eles uma aliança no monte Sinai. O Pentateuco também contém os preceitos da lei judaica instituída por Deus.

* Os livros históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estes livros relatam a história de Israel ao longo de um período de 800 anos, começando com a entrada do povo na terra prometida (Canaã) sob a liderança de Josué em 1250 a.C. Além disso, dão detalhes da conquista daquela terra durante os 200 anos de governo dos juízes.

Contam a vida dos reis Saul, Davi (1000 a.C.) e Salomão. Relatam a divisão da terra em dois reinos (Israel e Judá) e a derrota dos judeus nas guerras contra os assírios (721 a.C.) e os babilônios (586 a.C.). Focalizam também o retorno dos exilados para Israel (538 a.C.) e o reassentamento do povo em Jerusalém e na Judéia, sob a liderança de Esdras e Neemias (aproximadamente em 450 a.C.).

*A Poesia Hebraica. Inclui os salmos em número de cento e cinquenta

* Literatura da sabedoria. São eles: Provérbios, Eclesiastes e Cantares (também chamado de Cântico dos Cânticos).

*Os profetas. Inclui o compêndio dos quatro profetas "maiores" - Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel - e dos doze profetas "menores" - Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias. Há também o livro das Lamentações que registra a tristeza de Jeremias pela destruição de Jerusalém, efetuada pelos babilônios no ano 586 a.C.

Nota: Esta divisão corresponde aos livros da Bíblia adotada pelos reformados e evangélicos. A Bíblia da ICAR contém mais seis livros chamados de “apócrifos”. (Continua...)

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Menino do Restaurante

17- O MENINO DO RESTAURANTE.

Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem
afastada, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.
Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo
de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um.
Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.
Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.
Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.
- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem?
Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na consciência, impedem-me de o dizer que sim.
Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição
decente para ele.
Então sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor o que está fazer?
- Estou a ler uns e-mail.
- O que são e-mail?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor você tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que
ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar,apanhar,
pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer.
Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como
queríamos que fosse.
- Que bom isso. Gostei!
- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?! - Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar
de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais
velha sai todo dia, dizendo que vai vender o corpo, mas não entendo, porque
ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas
imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos
brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.
Isto é virtual não é senhor???
Fechei o portátil, mas não foi a tempo de impedir que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino acabasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um 'Brigado senhor, você é muito simpático!'.

Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!

Agora, você tem duas escolhas...
1. Divulgar esta mensagem aos amigos e amigas ou
2. Fingir que não foste tocado por ela!!! Como podes vê, escolhi o nº1. E VOCÊ???

(Adaptação de Alfredopam- em 21 de fevereiro de 2011- 3ª Feira de Carnaval em um texto de autor desconhecido)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Breves Reflexões nº 85/100

85- VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA - 2/8

(Matéria preparada pelo Ev. Alfredo Vieira de Souza em 1976, destinada às Assembéias Noturnas do Instituto Granbery da Igreja Metodista em Juiz de Fora e revista e atualizada em janeiro de 2012).

A Bíblia, como escritura, aparece mais tarde na História, porém, como mensagem oral, é muito antiga. A oralidade é a forma de narrar ou contar algum feito, muito usada pelos israelitas nos primeiros séculos de sua existência como nação; a palavra era muito significativa e se tornara, posteriormente, o que hoje chamamos de livro.

Os manuscritos existentes podem ser divididos da seguinte maneira:

1- Manuscritos hebraicos do Antigo Testamento
Os mais antigos têm data de 100-150 a.C e foram encontrados nas cavernas de Qumram no ano de 1947, os quais trouxeram valiosos testemunhos para os escritos bíblicos.

2- Manuscritos Gregos do Novo Testamento
Os mais antigos têm data do terceiro século d.C.

3- Manuscritos Gregos do Antigo Testamento
Conhecidos como a Septuaginta, ou a versão dos LXX foram traduzidos do hebraico por volta de 277 a.C. Também são datados do quarto século.

4- Antigas traduções da Bíblia Em Siríaco, Latim, Alemão e outros idiomas de várias datas.
É claro que neste texto não temos a pretensão de nos aprofundar na História da Bíblia nem em sua divisão dos seus 66 Livros. Sendo 39 do antigo testamento e 27 do Novo Testamento; sem contarmos é claro com os Livros Apócrifos (não canônicos): Tobias, Judite, I e II Livros de Macabeus, Baruc e Abdias. Nosso desejo é dar uma tênue ideia da sua Origem.

Queremos apenas lembrar que as escritas consideradas sagradas que deram origem à Bíblia atual, passaram por diversas versões, sendo as mais notórias a “Septuaginta” e a “Vulgata”.
Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria.

Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, língua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre, o Grande.

A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.

A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da Bíblia. (Continua...)

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Breves Reflexões nº 84/100

84- VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA - 1/8

(Matéria preparada pelo Ev. Alfredo Vieira de Souza em 1976, destinada às Assembéias Noturnas do Instituto Granbery da Igreja Metodista em Juiz de Fora e revista e atualizada em janeiro de 2012).

Em uma série de oito textos estaremos tecendo algumas considerações sobre a Bíblia.

Faremos as seguintes abordagens:

a) Breve Histórico:
b) Sua estrutura;
c) Seu Objetivo;
d) Conclusão.

Breve Histórico
Quando falamos da Bíblia Cristã, falamos de uma coleção de livros. A Bíblia é um conjunto de Escritos Sagrados, que chegou até nós atravessando milênio por meio do povo judeu e pelos cristãos zelosos.

A palavra Bíblia passou por grandes mudanças Bíblos era o nome de uma antiga cidade Fenícia, famosa pela exportação de papiros. Deste nome se originou a palavra Biblíon (livro) e mais tarde TÁ BIBLÍA (os livros). O plural grego que determinava o nome Bíblia transformou-se, no latim posterior, em nome feminino, singular, Bíblia, o livro. E com este sentido foi transmitido para todas as línguas modernas. Mas o conceito vem do hebraico SeFARAIM , empregado pela primeira vez em Daniel 9:2 [...]Eu Daniel, entendi pelos livros...

Os judeus, que falavam grego, traduziram TÁ BIBLÍA , designando, com este termo, os livros canonizados como escritos sagrados do povo judeu. Depois foi a vez da Igreja, a qual chama, tanto o Novo quanto o Antigo Testamento, de TÁ BIBLÍA . O nome Bíblia foi aplicado às Escrituras, originalmente por João Crisóstomo, grande pregador e patriarca de Constantinopla (398-404 d.C).

O livro, no Antigo Testamento, tinha forma usual de rolo, feito de papiro ou pergaminho e o texto era escrito por dentro, podendo continuar no verso. Por volta do século II d.C., o rolo começou a ser substituído pelo códice, uma coleção de folhas de material de escrita dobradas e costuradas em uma extremidade, frequentemente protegidas por capas. Este caderno de papiros ou pergaminhos era largamente usado nas comunidades cristãs para registrar textos do Antigo e Novo Testamentos.

Segundo a crença dos Cristãos mais ortodoxos e conservadores está tudo revelado na Bíblia; o que o ser humano precisa é conhecê-la pela fé, pois seu tema central é a salvação mediante a fé em Jesus Cristo. Dizem que a Bíblia é Deus falando ao homem. Deus falando através do homem, Deus falando como homem e Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando. (Contiua...)
Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Breves Reflexões nº 83/100

83- Uma História Interessante (29)

“Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor, se você conhece o Deus Santo, então você tem compreensão das coisas.” (Pv. 9.10).

Fato ocorrido em l892, verdadeiro e integrante de biografia: um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado, um jovem universitário que lia um livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. O jovem percebeu que se tratava da Bíblia, aberta no livro de Marcos.

Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou: “O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?” “Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?” “Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal! Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de cem anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre isso.” “É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?”

“Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão, que eu lhe enviarei o material pelo correio com urgência.”

O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem o leu, saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma ameba. No cartão estava escrito: “Professor Dr. Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França”. “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito nos aproxima.” (Louis Pasteur).

Por uma necessidade interior de não crer, muitos afirmam como ciência a sua crença pessoal na inexistência de Deus, mesmo nas escolas! Muitos sábios e eruditos, com toda ciência, só puderam crer ainda mais em Deus. Você não está só, prezado leitor!

“O ignorante e o descrente não podem achar nem o começo do caminho que conduz à paz interior. Sem fé não é possível felicidade e paz, nem neste mundo nem em outros”. (Bhagavad Gita – IV: 40).

“Sê humilde se queres adquirir a sabedoria... Sê humilde ainda mais, quando tiveres te assenhoreado da sabedoria.” (H.P. Blavatsky – A Voz do Silêncio).

Que este seja um dia especial em sua vida.
Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira
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