quinta-feira, 15 de julho de 2010

Breves Reflexões 005/100

05- Desencanto. (58)

Os encontros e desencontros estão sempre presentes em nossa vida. Eles acontecem no nosso dia a dia. Casamentos desfeitos, desempregos, mortes, incompreensões e outras surpresas desagradáveis afetam o nosso emocional criando um estado de ansiedade e às vezes até de desespero. Por mais que lutemos, estas cousas estão sempre ao nosso lado, produzindo efeitos negativos que denominaremos de “Nó Existencial”. É um termo bastante pomposo usado por alguns filósofos e terapeutas, mas que descreve bem esta situação. É um “Nó” que precisa ser desatado e às vezes cortado como na parábola do “Nó Górdio”.

Nós mesmos determinamos o nosso “Nó Existencial”. É o nosso emocional dominado pela raiva, pela vaidade, pela arrogância, pelo egoísmo, a perda de privilégios e o desconhecimento das leis que regem o universo. Não queremos cultivar a paciência de esperar o tempo certo para os acontecimentos mais importantes da nossa vida. Não sabemos praticar a tolerância para com os nossos amigos e com as nossas próprias fragilidades. Não somos capazes de beber do elixir do perdão ao próximo e muitas vezes não perdoamos nem a nós mesmos, exigindo cada vez mais perfeição dos nossos atos, esquecendo-nos que somos pó e por isso sujeitos a falhas e erros conscientes e inconscientes.

As emoções fazem parte da nossa natureza e são traduzidas em sentimentos que identificamos em nossa alma, e que são importantíssimos para o funcionamento humano normal. Sem amor, empatia ou compaixão, (empatia = em, dentro e páthos, paixão, modo de conhecimento intuitivo de outrem, que repousa na capacidade de colocar-se no lugar do outro) não se poderia criar famílias e nem viver em sociedade.

É muito comum, quando perdemos o poder, negar o nosso apoio ou pelo menos nos afastar do meio para não colaborar com o nosso sucessor. Precisamos aprender com a mestra “Humildade”, a respeitar as novas idéias e participar com a nossa experiência para apoiar e estimular as novas lideranças. Precisamos tomar cuidado com aquilo que falamos, a palavra é a alavanca com a qual podemos levantar ou derrubar os nossos amigos.

Thiago, o escritor bíblico diz que a palavra é fogo e que a língua é como o leme de um navio que apesar de pequeno tem o poder de determinar-lhe a direção.
“Devemos lembrar que a palavra não dita é nossa escrava, mas quando dita nos faz seu escravo.” Dizem também que a língua é o chicote do corpo, com ela podemos defender ou acusar ao nosso próximo.


O “eu” vem sempre em primeiro lugar, não há respeito pela idéia do outro, o “eu” quer ser soberano e dominante, quer ser o dono da verdade. Mas o que é verdade? As verdades podem ser diferentes, nem sempre a minha verdade é a verdade do outro, sem contar ainda que acima da minha verdade e da verdade do outro está a verdade do grupo.


O “conhece-te a ti mesmo” inscrição inserida no pórtico do Templo de Delfos, e que fez mudanças na vida do filósofo Sócrates (469 – 399 a.C) não é aprofundado e às vezes até desconhecido. Queremos mudar os conceitos existentes na sociedade, queremos mudar o mundo, mas não queremos mudar a nós mesmos.


Não tenham medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente


Ontem é história. Amanhã é mistério e hoje é dádiva. Por isso se chama presente.”(Brian Dyson).


O nosso grupo é o somatório de todos nós, reflete as nossas melhores ou piores intenções. Quando buscamos a “verdade que liberta” fazemos do grupo uma comunidade de apoio, de inspiração e escrevemos uma linda história.

É o que devemos buscar, um grupo saudável, um ambiente onde a amizade e o companheirismo contribuam para que os nossos “ENCANTOS” permaneçam e jamais sejam transformados em “Desencantos”.

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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