quinta-feira, 21 de julho de 2011

Breves Reflexões 054/100

54- Sobre a Espiritualidade. (V/XII) (BR 048)

LOGANIMIDADE –

Os dicionários informam que "longanimidade" é a qualidade de quem é longânime. E que, por sua vez, "longânime" é "que tem grandeza de ânimo; bondoso; corajoso; magnânimo; generoso; sofredor". São idéias muito distintas e diferentes para dar uma ideia do significado da palavra estudada. Esta divagação dos dicionários ocorre justamente porque a palavra perdeu o seu sentido na nossa realidade social.

Não é nossa intenção esgotar o assunto. E nem ir tão fundo que torne o texto cansativo e desinteressante. Não estou escrevendo para cientistas ou estudiosos numa banca de defesa de mestrado ou doutorado, mas para um público leigo.

Bom, para simplificar, gostaria de transmitir a ideia, externar minha opinião, concluir que a longanimidade é um misto de paciência e piedade. Características em extinção nos dias atuais... O mundo não pára. O tempo não pára. A sociedade não pára. Não temos tempo para chorar nossas mágoas, ou ouvir lamúrias e lamentações alheias. Já estamos cheios de problemas para termos nosso tempo ocupado pelos problemas alheios. Não dá para ter dó de quem não tem dó da gente. A irritação, a aspereza, a rispidez têm tomado conta dos membros de nossa sociedade

Não quero que o(a) amado(a) leitor(a) utilize de minhas observações para medir ou analisar (e condenar) os demais partícipes e frequentadores das igrejas de Cristo, mas para que o(a) amado(a) leitor(a) faça uma autoanálise se a longanimidade enquanto fruto do Espírito Santo de Deus está ou não fazendo parte de sua vida.

BENIGNIDADE -

A benignidade é uma atitude interior. É um sentimento, uma emoção que faz com que quem a possui sinta-se incomodado com a dor, com o sofrimento alheio.

O contrário, o oposto de benignidade é malignidade. Veja se concorda comigo: quem se sente incomodado com a dor, a injustiça e o sofrimento alheio é benigno. Então, quem folga, ri e se alegra com a dor da injustiça e do sofrimento alheio é um ser maligno. O cristão que tem o
Espírito Santo dentro de si jamais pode sentir alegria ou satisfação vendo ou causando dor e sofrimento em outras pessoas. Vi muitas vezes cristãos fazerem comentários sobre o destino que deve ser dado aos criminosos, aos malfeitores, ou até mesmo de pessoas com quem não simpatizamos. Um destino... "desagradável", na melhor das classificações. Tipo "trancar na cadeia e jogar a chave fora!".

Acredito ser oportuno fazer referência à vingança, que é quando causamos dor e sofrimento a quem dor e sofrimento nos causou. Afligir quem de alguma forma nos afligiu. Isso é vingança. Mas antes da realização, da concretização da vingança há o DESEJO de vingança. O desejo de causar dor e sofrimento a quem dor e sofrimento nos causou. O desejo de afligir quem, de alguma forma, nos afligiu. Quem tem esse DESEJO de vingança não é uma pessoa benigna.

Rir COM os outros é saudável. Rir DOS outros não é. Daí porque Jesus, ao se referir aos frutos, foi claro ao dizer que sem Ele (Jesus) nada poderíamos fazer (Jo. 15:5).

Amado(a) leitor(a), faça uma autoanálise, uma auto-crítica. A benignidade de que estamos falando está presente em teu comportamento, em tua personalidade? Cristo tem habitado ricamente em ti (Ef.3:17)? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.

BONDADE –

Bondade e benignidade estão intimamente ligadas e coligadas, muito embora sejam coisas distintas, conforme já colocamos anteriormente. Repetindo o que consta da mensagem anterior, a benignidade é um sentimento interior. Não temos as emoções que queremos porque queremos tê-las. Emoções são coisas que brotam, despencam ou explodem em nossa alma sem pedir autorização ou licença. Raiva, frustração, tristeza não são coisas que pedimos para sentir. Ciúme, inveja e humilhação são coisas que simplesmente aparecem em nossa alma sem sequer pedir permissão, sem a nossa autorização. Não somos nós que temos emoções. É o contrário: as emoções é que nos tem. Pelo menos num primeiro momento.

E o que é BONDADE? Antes de responder o que é a bondade, gostaria de instigar o senso de investigação e iniciativa dos(as) amados(as) leitores(as), e perguntar como se reconhece uma pessoa bondosa? Muitas vezes não é possível identificar uma pessoa benigna ou maligna, porque não conhecemos seus pensamentos e seus sentimentos. Uma pessoa que nos seja próxima pode estar arquitetando um plano para nos prejudicar, aproveitar-se de nós. Pode estar, de uma ou outra forma, nos traindo.

Uma pessoa bondosa é reconhecida pelos ATOS de bondade que PRATICA. Enquanto que a benignidade fica no plano interior, subjetivo das pessoas, a bondade se exterioriza através de ATOS. É por causa dos atos de bondade que uma pessoa bondosa é reconhecida. Sem a prática de atos de bondade não se reconhece, não se identifica uma pessoa bondosa. Por mais benigna que ela seja... Entende o que quero dizer? Não basta aos cristãos serem benignos. Têm que ser também bondosos. Sorrir, ser simpática, cordata e amável pode tornar uma pessoa benquista. Mas não é suficiente. A benignidade precisa ser externada através de ATOS de bondade. Daí porque a benignidade está intimamente ligada à bondade.

A maioria das pessoas, ainda que tenha dentro de si um desejo de praticar atos de bondade, não permitem que esse desejo se concretize. Têm medo de serem manipulados, explorados, extorquidos ("prontos para a felicidade 1 a 4"), que, de um modo ou de outro, venha a ser exigido mais do que estão dispostas a dar. Daí a reclamação corrente: "a gente dá um dedo, e querem o braço".

Os seres humanos são maus, são péssimos, são horríveis. Amar é assumir o risco de sofrer uma decepção. O que quase sempre ocorre...

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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