quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Breves Reflexões 071/100

71- O homem terreno e o Homem Espiritual (BR/1 103)

Leia Tiago 3.13-18: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto: antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.”

O homem terreno ou o homem natural está sempre em busca das coisas de baixo, isto é, das coisas desse mundo. Disse Jesus: “o meu Reino não é deste mundo.” (João 18.36).

O homem espiritual busca as coisas lá do alto, para que o seu interior seja dignificado e possa viver segundo a sua consciência que se torna purificada pela a ação do Espírito Santo que tudo vê e em tudo penetra.

O Homem terreno está sempre em busca de uma religião que seja perfeita segundo o seu entendimento.

O homem espiritual sabe que a grande oferta de religiões é consequência da falta da espiritualidade que afeta o homem através dos seus mais baixos instintos de vaidade, cobiça e competição.

O homem terreno busca uma religião que lhe sirva de freio, pois ele sabe que o seu homem espiritual está adormecido e carece de um meio repressivo para conter suas maldades e fraquezas.

O homem espiritual está desperto, todos os seus sentidos estão atentos e zelando para que o mal não tenha poder sobre o seu procedimento diante dos homens e diante de Deus.

O homem terreno busca resposta para seus problemas em princípios dogmáticos que lhe diga que é assim, mas que não exija que ele pense e descubra o porquê é assim.

O homem espiritual sente necessidade de conhecer a “Verdade que Liberta”: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará. Palavras de Jesus Cristo”. Por isso ele é induzido a questionar tudo, para que o seu próprio raciocínio lhe conduza à razão e a verdade venha à tona límpida como a água saída da fonte.

O homem terreno se sente ameaçado e amedrontado diante do novo.

O Homem espiritual se sente desafiado e mantém a paz interior e a tranquilidade exterior.

O homem terreno se impressiona mais com a possibilidade de cometer pecado, com as penas eternas depois da morte e teme mais a satanás do que mesmo confia no poder de Deus. Para ele satanás é mais poderoso do que Deus o Criador.

O homem espiritual tem coragem de aprender com os seus erros. Confia no perdão Divino e sabe que o Criador não é Deus que se deixa enganar pelas aparências, mas ele conhece o coração e atende a um espírito contrito que com sinceridade O busca.

O homem terreno quer inventar o seu próprio deus, um deus às vezes demasiadamente perfeito para justificar a sua própria pequenez e às vezes um deus tão frágil para se igualar com ele ou ser-lhe superior em função de seu orgulho e da sua vaidade.

O homem espiritual descobre a verdadeira natureza do Deus revelado à humanidade através das escrituras sagradas espalhadas entre os homens em muitas formas e expressões, visando sempre a elevar o homem e a humanidade a uma vida superior de harmonia, paz e felicidade, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada por Ele.

O homem terreno está sempre preocupado com as regras, a ética e a moral.

O homem espiritual não está preocupado com essas coisas. Elas estão escritas no seu coração e cumpri-las é sempre motivo de alegria e realização espiritual, uma vez que ele entende que não existe outro caminho. A sua espiritualidade gera a sabedoria que vem do alto que é sempre pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Ele sabe que é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.”

O homem terreno se alimenta, se corrige e procura o melhor caminho movido pelos medos.

O homem espiritual se alimenta e se corrige pela confiança em seu Deus, na Fé que lhe move e na Esperança que o sustenta

O homem terreno está sempre preocupado com o “Ter”.

O homem espiritual está mais preocupado com o “Ser”.

O homem terreno está mais preocupado com o que virá depois da morte.

O homem espiritual está em contato constante com o seu criador que se manifesta tanto no seu interior como no exterior, sentindo-se desde já parte da eternidade, lembrando-se sempre que o verdadeiro bem toma forma aqui e agora no relacionamento que mantém com o seu próximo, com a natureza e com ele mesmo.

O homem terreno se sente obrigado a oferecer ao seu criador, dízimos, ofertas e sacrifícios como se com eles pudesse compensar seus pecados.

O homem espiritual é movido a doar voluntariamente e com alegria o melhor de sua vida ao Deus do seu coração.

Enfim!

O homem terreno é aquele que não é capaz de ver além daquilo que ele pode tocar, apalpar e sentir com os seus sentidos naturais. Não pode perceber os valores verdadeiros que ficam além do véu que cobre o sagrado que põe a alma em contato com o mundo espiritual. Vive apenas a metade da vida por mais virtuoso que seja, porque não conhece os caminhos da Fé, da Esperança e da Caridade, em que os valores naturais são invertidos. Pois por estes caminhos, os últimos serão os primeiros, aquele que dá é o que verdadeiramente recebe, aquele que dá tudo por menor que seja a oferta é o que dá mais em detrimento daquele que dá muito do muito que tem, aquele que sendo o Senhor é justamente o que serve...

O homem espiritual é capaz de discernir tudo, porém ninguém o discerne, porque o que é espiritual só pode ser discernido espiritualmente. Ele sabe que o paraíso é aqui e agora, por isso é capaz de encontrá-lo dentro de si, mesmo que esteja recolhido a uma masmorra. A sua liberdade e a sua felicidade não pertencem a ninguém, é dele, exclusivamente dele e ele as leva por onde andar. Para ele a natureza é a principal mensageira do seu Deus, por isso tem prazer em ouvi-la e se sente responsável em conservá-la. Todos são seus amigos e irmãos, não só os homens e mulheres, mas também os rios, os mares, as estrelas e os animais domésticos e selvagens. A todos ele serve com alegria e dedicação, a fim de transformar o nosso minúsculo planeta num lindo jardim segundo a vontade do Deus de seu Coração.

Finalmente, não pense que eu já tenha alcançado este alto padrão de espiritualidade, sou apenas um buscador que acredita fielmente na possibilidade de alcançar a cada dia um nível melhor. Jesus afirmou que aquele que busca acha, e eu acredito nisso. O meu desafio para você é que faça o mesmo: seja um eterno buscador das coisas do alto. Os caminhos que eu sigo e recomendo são os seguintes:

a) Atos de piedade: oração, jejum, esmola (estes recomendados por Jesus) e outros recomendados pelos apóstolos e místicos tais como leituras inspiradoras, concentração, meditação e contemplação;

b) Atos de misericórdia: fazer o bem ao próximo sem nenhum interesse, colocar-se disponível para serviços humanitários ou comunitários de forma voluntária e graciosamente, buscar por todos os meios possível o progresso das pessoas que o rodeiam, fazendo a elas exatamente aquilo que você deseja que elas te façam.

c) A estes dois atos adicione também uma boa alimentação, exercícios aeróbicos orientados por profissionais da saúde, e evite qualquer vício principalmente drogas (legais ou ilegais) e finalmente cultive boas amizades.

d) Faça destes caminhos um estilo de vida e certamente terás como retorno um sensível progresso em sua vida espiritual e terrena. Lembre-se, nosso espírito, nossa alma e nosso corpo são dádivas de Deus e como tais devem ser cultivados em busca da semelhança com o seu Criador (P/AViS- Primavera de 2011).

“O homem terreno se sente como um ser natural em busca de uma experiência espiritual: o homem espiritual sabe que ele é um ser divino que passa temporariamente por uma experiência terrena”. (P/AViS-03/12/1986)

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

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