terça-feira, 17 de novembro de 2009

13- Entender o homem como uma criação intencional de seu Criador.

Introdução:

O homem é apenas uma minúscula parte de um projeto que envolve a criação de todo o Universo. Eu não vejo como entender toda a criação sem conceber uma intenção e um objetivo predeterminado que orienta a execução de todo este projeto. Assim como o Criador a trezentos mil anos deu início a produção do petróleo para ser usado pelo homem nos últimos séculos, acredito também que Ele esteja criando outros locais para acolher a vida quando o nosso planeta esgotar todas as possibilidades para a nossa sobrevivência.

É a partir deste entendimento que não me paira nenhuma dúvida quanto a intenção inteligente do Criador a nosso respeito. Não resta dúvida que se trata de um projeto elaborado por uma inteligência que transcende infinitamente à nossa capacidade de compreensão racional. Aí só a imaginação e a fé poderão trazer luz para qualquer afirmação definitiva. Para servir de base a uma reflexão filosófica eu te convido para pensar comigo a seguinte tese: A vida só pode ser aceita como algo justo, quando entendemos a sublimidade do universo e da própria vida. Para facilitar a nossa cognoscibilidade vamos nos limitar em analisar apenas a Sublimidade do homem.

A Sublimidade do Homem:

“A Vida só pode vir da vida.” (P/AViS-Primavera/1.969).

De início vamos conceituar o termo “Sublimidade”; o dicionário nos fornece os seguintes sentidos para a palavra: Qualidade de sublime; o mais alto grau da grandeza artística e moral; elevação, grandeza, magnificência; gr4ande altura; excelência; perfeição; a maior grandeza possível; aquilo que transcende qualquer expectativa.

Com estes qualificativos eu acho que fica bem claro o que queremos dizer quando propomos versar sobre a “Sublimidade do Homem”.

“A sublimidade é uma qualidade essencial da existência humana. Caracteriza todo o nosso mundo de experiência propriamente humano. Com certeza, este mundo ultrapassa-se constantemente a si mesmo apontando para um mais além. Na verdade, o nosso mundo é sempre limitado, mas não é fechado, não se encontra definitivamente fixado, antes é por essência um mundo com fronteiras abertas e um vasto território a ser explorado.
Os limites são fixados na medida em que nós nunca o experimentamos em toda a sua extensão; captamos apenas fragmentos parciais da realidade.”

Intensivamente não apreendemos sempre sob aspetos limitados. Na medida, porém, em que temos consciência da limitação e nos propomos a novos avanços, vencemos estes limites continuadamente. Se fizermos como as crianças e continuarmos a perseguir os porquês das coisas não encontraremos nunca o limite final. Quando dizemos que estamos pendurando as botinas e saímos da militância diária, aí fixamos os nosso limites e entramos no processo de morte.

A experiência é um acontecimento de auto-superação, um movimento transcedente que nos lança em constantes aventuras. A sublimidade acontece na imanência da experiência, assim como de modo inverso, a imanência do nosso mundo de experiência se sublima e transcende essencialmente a si mesma. Na medida porém em que este acontecimento sublima entra constitutivamente na realização da nossa experiência, converte-se numa grandeza transcendental, isto é, experimentada de modo atemático como condição a priori da nossa experiência em geral, abrindo novos desafios.

“Quando pensamos que temos as respostas, a vida muda as perguntas. Portanto não tenha medo da crítica dos outros e, sobretudo, não se deixe paralisar por sua própria crítica.”

A exposição temática da sublimidade do homem, a expressa incorporação no movimento espiritual acontece (ou já tinha previamente acontecido) na realização religiosa na qual nós, para além de nós mesmos e do nosso mundo, nos relacionamos explicitamente com o Sagrado e com o Divino. Portanto a questão filosófica acerca da possibilidade de sistematizar a sublimidade supõe já a realidade de tal sistematização que ocorre por outras vias, a da espiritualidade, da fé, da esperança e da solidariedade. Isto nos conduz a um problema subseqüente acerca da essência da religião e do comportamento religioso. Isto é próprio de todas as religiões em qualquer uma das suas formas. Mas que espécie de relação é esta? Como se consegue alcançar o sagrado? Qual é o fundamento e singularidade do fenômeno religioso?
Importa Renascer.
É razoável entender que a cada conquista o homem vai se renovando. As religiões usam de um modo geral ritos que simbolizam este crescimento. Em algumas este rito é chamado de “Batismo”. Jesus, considerado pelos cristãos como o fundador do cristianismo, mandou que seus discípulos fossem ministrando seus ensinamento e batizando as pessoas. Em outras religiões ou ordens místicas em geral dão o nome de iniciações, que muitas vezes são realizadas ao passo que o neófito vai conquistando novas posições ou conhecimento dentro da comunidade.
Jesus interrogado por Nicodemos sobre a forma de se alcançar o Reino de Deus respondeu : “na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” (João 3.3).
Isto nos leva a pensar que o Reino proposto por Jesus só é possível quando estamos dispostos a buscar novas formas de experiência, desejando com toda a sinceridade de coração alcançar o nível “Crístico”.
“Eu sou o meu caminho e a minha verdade.” (P/AViS-11/04/2009- sábado de aleluia.).

“Quando aceitamos Cristo e nos envolvemos com Ele, o Espírito Santo nos transforma a cada dia, e assim nós mesmos, à semelhança do Cristo, nos tornamos o nosso caminho e a nossa verdade.” (P/AViS-Primavera de 1977).

“ A Graça do Altíssimo vai-se concretizando ao passo que os excluídos vão se tornando objetos de mudança social, buscando a igualdade, a liberdade e a fraternidade entre todos, não importando seu gênero, nacionalidade, credo religioso ou condição social.” (P/AViS-Primavera/2.008).

Estes são caminhos escabrosos, estreitos e cheios de provas que levam o crente até aos pés da cruz, onde lhe será revelado o “Cristo”, cuja face acha-se oculta como na estrada de Emaús, quando os, já discípulos caminharam com Ele algumas milhas sem o reconhecer. Quando a face do Cristo é revelada o homem entende a sublimidade da obra do Criador e se torna capaz de ser testemunha e agente de mudanças do mundo.

Conclusão:

Esta foi a intenção do Altíssimo ao criar o homem; “Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. (Efésios 4.13).
Ao testemunharmos a derrocada moral da sociedade e constatarmos a flagrante negligência para com Deus e suas verdades absolutas, comprovamos que as coisas, de fato, têm que mudar.
Lembremos que a Bíblia nos adverte que satanás é o “deus” deste mundo (Efésios 2.2). É ele o responsável pela brutal perversão, a injustiça, a violência e a rebeldia contra Deus e suas leis. A única esperança para qualquer país e o mundo todo é o retorno à Deus e à sua Palavra: em suma, um renascimento. O renascimento se dá individualmente ou coletivamente.
Lamentavelmente há muita gente que não entende o que é um verdadeiro renascimento. Não é uma série de eventos organizados. Nenhum renascimento se obteve até hoje mediante a reunião de várias comissões para se organizar uma série de reuniões. Renascimento é uma coisa que Deus realiza de modo soberano. É uma ação sobrenatural do Espírito Santo. Busca-se por renascimento em oração.
O renascimento começa pelos crentes: Onde quer que Deus trate do renascimento na Bíblia, Ele se dirige aos crentes. Apesar de nunca antes ter sido tão grande o número de crentes como agora, não estamos influenciando de modo algum, nossa civilização quanto deveríamos. Precisamos reavivar nossa paixão pelo Senhor, precisamos renascer a cada dia.
O renascimento se caracteriza pela oração: Como mudarmos as coisas ao nosso redor? (II Cr. 7.14). Temos que nos humilhar e orar. O renascimento nos leva ao avivamento e todo o avivamento na história tem-se caracterizado por fervorosas orações.
O renascimento acontece quando colocamos Deus acima de tudo: Deus sabia que Israel, seu povo, iria um dia desobedecer a Ele e até mesmo deixá-lo. Deus revelou a Salomão uma fórmula para o renascimento. Os israelitas teriam que: l) humilhar-se perante Deus: 2) orar a Deus: 3) desviar-se dos seus pecados. Se o povo de Deus obedecesse a essas prescrições, aí então Deus o abençoaria e sararia a sua terra.
Tal como os israelitas do passado, muitos de nós nos afastamos de Deus e estamos vivendo para nós mesmos. Para que o renascimento aconteça, precisamos colocar Deus acima de tudo em nossa vida. Estamos como ossos secos carecendo da ação de Deus.
Estudo constante da Bíblia e oração. É hora de nos tornarmos participantes de nossa igreja e não apenas meros expectadores. É hora de dispensarmos cuidados aos velhos, doentes, viúvas e aos pobres.
É hora de compartilharmos nossa fé com o povo em geral sem nenhuma discriminação e, acima de tudo, é hora de honrarmos e obedecermos a Deus, desarraigando o pecado de nossas vidas, rompendo nossos próprios limites buscando novas formas de entender e ensinar a essência do evangelho que nos foi doado graciosamente pelo Cristo que venceu a morte, está vivo e reina para todo o sempre. P/AViS-17/11/2009.

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