terça-feira, 3 de novembro de 2009

11- O Homem não é obra do acaso.

Introdução:

O homem não é obra do acaso e nem evolução de qualquer espécie que não seja a sua própria que se acha em pleno desenvolvimento para alcançar a imagem e semelhança do seu Criador, sem nenhuma possibilidade de se tornar igual a Ele.

De uma forma mistérica ele foi implantado neste planeta com a missão de multiplicar, crescer e dominar todos os espaços existentes. O seu Criador colocou em sua natureza uma força capaz de movê-lo a isso. Por mais que ele seja provado será sempre alimentado pela esperança de um dia realizar o sonho do seu Criador. Mesmo diante de todas as violências, atrocidades e ameaças da natureza ele buscará a felicidade (nirvana, céu...), vencendo as angústias e até mesmo profundo desespero (ades, inferno...), mas, como humanidade, ele jamais desistirá de seu destino e lutará até as últimas consequências pela sua sobrevivência, quer seja deista ou ateista.

“MESMO QUE SOUBESSE QUE O MUNDO SE DESINTEGRARIA AMANHÃ, AINDA ASSIM PLANTARIA A MINHA MACIEIRA.” (Martin Luther King, Líder anti-racista norte-americano.)

CRIACIONISMO OU EVOLUCIONISMO.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. (Gênese 1.1).

Durante muitos milênios, essa afirmação era incontestável. Era como um dogma intocável que ninguém se atrevia questionar. Nem filósofo, nem teólogos e livres pensadores discutiam o assunto que era considerado um tabu sagrado. Mas a partir da Reforma Religiosa do século XVI e o desenvolvimento do niilismo, principalmente a partir do século XIX, alguns pesquisadores começaram a discutir a origem da vida. Em 1859, Charles Darwin publica o seu livro “Origem das Espécies” colocando em cheque essa afirmação, provocando assim uma discussão mundial que se estende até aos nossos dias.

A partir daí, o que existe é uma batalha científica buscando provar a origem das espécies. Apesar de sua teoria já estar ultrapassada, muitos estudantes estão ainda tomando por base as suas afirmações. Principalmente no Brasil, onde a filosofia sofreu um longo colapso, ou melhor dizendo ainda hoje há um controle na educação que impede de se ensinar as novas gerações a pensar, mantendo assim uma cultura baseada em princípios filosóficos e teológicos de dois séculos atrás.

Ainda provoca celeuma discutir em nosso meio evolucionismo ou criacionismo, por isso não podemos deixar de considerar estes dois aspectos teóricos do aparecimento da vida em nosso planeta.

A palavra “evolução” em português deriva-se do latim de “volvere” que quer dizer “rolar”. Expressa a idéia de desenvolver-se de modo gradual em infinitas subdivisões até alcançar formas definidas em grande quantidade.

Entendem alguns que o termo “evolução” é empregado para designar a teoria de que todas as formas de vida na terra teriam se desenvolvido a partir de uma mesma origem (fungos, bactérias...), que de uma forma progressiva alcançaram um patamar mais sofisticado até chegar ao tipo de vida que conhecemos hoje. Neste caso a vida já teria concluído seu ciclo a alguns milhões de anos, o que não é verdade, pois a ciência já provou que novas formas de vida estão surgindo a todos os instantes em nosso planeta assim como novas galáxias, estrelas e planetas estão se formando no universo.

Criar vem do latim “creare” (produzir, gerar). Essa palavra pode ser tomada no sentido filosófico ou teológico em relação à origem do mundo, do homem e de outros seres, tanto físicos quanto espirituais.
Teologicamente, com base nos livros sagrados do judaísmo e do cristianismo, a criação foi realizada a partir do “Deus Altíssimo”. Um Deus sem origem, sem princípio, onipotente, onisciente e onipresente que pelo verbo fez surgir o universo visível aos nossos olhos e também o invisível. Os livros sagrados apenas falam de seus atributos sem a preocupação com a sua origem. No livro escrito aos hebreus no capítulo 11, versículo 3, em uma forma mística com base na fé, encontramos o seguinte registro: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados: de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. O Evangelista João no capítulo 1, versículos 1 a 4 afirmou que: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”.

A grande questão do catequista não é provar o criacionismo pela Bíblia, pois isto é fato claro e consumado, a dificuldade está em provar para o homem a inerrância bíblica, para o que os discipuladores ainda não se atinaram e por isso não tem investido nisso, enquanto que um grande número de pesquisadores “ateus” busca por todas as formas descobrir erros nos registros sagrados reforçando assim o movimento niilista.
CONHECIMENTO, INTELIGENCIA E FÉ

Não se sabe com certeza quando o conhecimento e a inteligência chegaram ao nosso planeta. O que se pode afirmar é que sem estes dois agentes nada do que existe poderia vir à existência.
Quanto à fé, aqui entendida como crença em algo que está fora do alcance do conhecimento, é fácil entender que ela veio a posteriore. Quando se fala de fé, pensamos logo em religião e esta com certeza veio muito depois.
Feitas estas colocações iniciais, já podemos perguntar: onde fica o homem em função disto? Com certeza o homem foi uma solução que o conhecimento e a inteligência encontraram para tomarem forma concreta e se manifestarem neste planeta. Não há acordo entre filósofos, teólogos e cientistas a esse respeito. Esse desacordo deve ser visto como uma estratégia do conhecimento para manter viva e atuante a inteligência. Esta por sua vez governa a vida que jamais poderia existir sem as duas. O homem torna-se, desta forma, refém das duas. A inteligência exige que o homem adquira cada vez mais conhecimento, pois ele é o seu encantamento. O conhecimento encanta o homem, dando a ele consciência de sua própria existência e do seu valor. Mais conhecimento e o homem se considera mais importante, mais poderoso e capaz de dominar. Assim, o homem surge neste planeta com a missão de dominar.
Mas como ele não pode dominar todas as coisas, surge a fé que vai permitir o preenchimento das lacunas que são criadas entre as diversas possibilidades de alcançar conhecimentos que ainda não estão ao seu alcance. Assim o homem sedento de domínio, parte para as grandes conquistas. Pela fé ele acredita que vai adquirir maior poder através da inteligência que permite a criação de estratégias e meios que acabam sendo formalizados por aqueles que ganham a confiança do grupo. É a partir daí que vão surgindo os diversos tipos, estruturas e normas sociais.

O HOMEM SE DESCOBRE.

O homem olhava à sua volta e tomava conhecimento superficial da existência da natureza, até que num determinado momento ele começou a fazer certas perguntas a si mesmo. Uma das primeiras perguntas, com certeza, foi: como surgiram as coisas que o rodeavam? Posteriormente passou a questionar a sua própria origem. Como não havia respostas adequadas, a inteligência recorreu à fé e a organização de grupos para adorar e cultuar ao criador, surgindo daí a religião com a qual a inteligência passou a dirigir os destinos dos homens.
O cristianismo e o judaísmo, partindo destes princípios afirmam que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus com plenos poderes para ter domínio sobre a natureza. (Gn 1. 28). Só que o homem não se contentou em dominar apenas a natureza, passou a disputar domínio com o seu semelhante.
O primeiro ato decisivo sobre este desvio foi a disputa entre Caim e Abel, provocando o assassinato de Abel.
A inteligência concluiu que apenas o ato de adorar ao criador não foi capaz de harmonizar as relações entre os homens. Em consequência disto deu-se início a outra providência, normatizar leis de relacionamento surgindo assim os princípios éticos e morais, que juntos com as religiões foram sendo difundidos entre todas as raças humanas existentes no planeta. Tanto a religião, a ciência, a ética e a moral, no futuro, alcançarão seus objetivos ao passo que se colocarem a serviço do conhecimento, da inteligência e da fé.
A importância deste breve texto, talvez para alguns um pouco folclórico, é mostrar que tanto a Religião, a Ciência, a Ética e a Moral tiveram um mesmo princípio: a inteligência e um mesmo objetivo: harmonizar os relacionamentos dos homens entre si e com a natureza. Daí a nossa proposta da Ética do Relacionamento.

CONCLUSÃO

Para concluir, uma mensagem de fé em Deus e Confiança no Homem que aqui foi colocado sem seu pedido ou consentimento em um tempo que ele desconhece, para uma missão que nunca lhe é claramente exposta, mas que mesmo assim tem consciência de seu poder e por isso não desiste de permanecer e lutar pela sua sobrevivência.

A partir disso consideremos o seguinte:

a)- A Ciência torna-se nobre, quando pesquisa em busca do conhecimento do Criador, empobrece-se e torna-se ridícula, quando faz o contrário, isto é, pesquisa sem levar em conta que todo o existente foi e está sendo criado e que nada pode existir sem uma origem e a regência de um criador. (P/AViS- Primavera de 2009).

b)- A conquista da “Verdade que Liberta” está em se tornar cada dia mais semelhante ao Cristo, e aí como diz o Apóstolo Paulo: “você alcançará a plenitude do varão perfeito” e se tornará imagem e semelhança do Criador. (P/AViS-Primavera/l986).

c)- “A Vida só pode vir da vida.” (P/AViS-Primavera/1.969).

d)- NASCIDO PARA VENCER.
“Deus disse: - Eu irei com você e lhe darei a vitória”. (Ex 33.14).
Quando sentimentos de derrota passarem pelo seu coração, fazendo com que se sinta sem vontade de viver, lembre-se: você é vitorioso e pronto! Não há motivo algum que justifique abrigar esse desânimo. Ao contrário, existem motivos de sobra para adorar ao Criador da Vida por tudo o que Ele fez e deu, por tudo o que você já conseguiu realizar, por tudo o que você é: uma obra prima de Deus. Então, absorva, deguste, receba tudo o que vem direto do amoroso colo do Pai. Lembre-se de que diretamente dele vêm as fontes da água viva, os talentos, dons, capacidade, alimento para a alma e para a vida e também os seus sonhos e planos. São somente coisas boas que podemos e devemos absorver diariamente, mesmo que névoas venham ofuscar a nossa visão. E mesmo que você tivesse motivos para ficar triste e desolado, abatido e cansado, mesmo assim não seriam suficientes para derrubá-lo e deixar que as dificuldades da vida nos deixem prostrados. Prostrados devemos ficar somente na presença do Pai, para o servirmos e o adorarmos e, assim, deixarmos que Ele nos abasteça novamente. Somente... E coisa alguma deve querer tirar esse foco em Deus na vida. Você tem vida abundante e graciosa na presença do Pai. Não permita mais que sentimentos dessa estirpe assolem seu coração, pois você é vitorioso. Nos momentos da vida em que tudo parecer escuro, quando as névoas da dificuldade reduzir a sua visão, lembre-se de olhar para cima. O sol da justiça ainda brilha. Deus vela por você, para fazê-lo vitoriosa nas provações. Ore ao Pai: “Querido Pai, agradeço-te por eu ser quem eu sou, por teres me feito tão especial. Agradeço pela provisão de vitória para este dia. Amém!”. (P/AViS-Primavera/1997).
“Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória é Deus, o Senhor”. (Pv 21.31). (P/AViS- 03/11/2009).

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