domingo, 8 de janeiro de 2012

Breves Reflexões nº 81

81- O Homem, este Desconhecido: (I) (BR 07)

“Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste.” (Salmo 8-4 e 5).

A pessoa humana, com sua complexidade, sempre foi alvo das mais diversas observações. Isto se deve, em parte, à dificuldade em se definir o homem, prever suas reações, enquadrá-lo dentro de padrões definitivos. O homem é sempre um ser imprevisível; ele é incompreensível, um abismo, um mistério, um “Ser” a vir a ser...

Exemplificando, em parte, o que estamos dizendo, Diógenes de Sinope (cerca de 413-323 aC) foi visto em Atenas, em plena luz do dia, com uma lanterna acesa e dizendo: “Procuro um homem.”

Com todo o conhecimento que homem tem adquirido nestes últimos séculos, ele ainda não conseguiu se conhecer para resolver seus problemas. Ele explica o micro e macrocosmo, viaja pelo espaço, visita planetas, conhece as partículas microscópicas das moléculas, das bactérias e vírus, mas não consegue resolver os grandes problemas que afligem o seu relacionamento com os semelhantes e nem com a natureza. As guerras são cada vez mais cruentas, os rios e a atmosfera são poluídos, colocando em risco a possibilidade de sobrevivência do homem na terra, mas, contudo isto, ele continua na sua vaidade e no seu egoísmo, buscando o domínio sobre tudo e sobre todos a qualquer custo. A violência toma novas formas e a sociedade se torna refém da sua própria ganância e desejo de acumular riquezas em detrimentos de muitos que vivem excluídos e carentes até mesmo do mínimo para a sua sobrevivência. A corrupção campeia nos meios políticos e serviços públicos numa verdadeira geleia putrefata e nojenta que os homens de bem já não sabem mais como conviver com ela. Por outro lado cresce a omissão daqueles que pela graça de Deus tem tendência para o bem. Alguns poucos homens tem coragem de se posicionar a favor da honestidade e da dignidade. Mas logo são marginalizados, perseguidos e até mortos. Este é um quadro bastante negativo da sociedade atual, mas também bastante real.

Paulo destacou este conflito no homem dizendo o seguinte: “Porque o que faço não aprovo; pois o que quero fazer, isso não faço, mas o que me aborrece, isso faço.” (Rm 7. 15).

Nenhuma outra época soube tão pouco do homem do que a nossa.

O pensador inglês, Thomas Hobbes (1588-1679), observou, em 1651, que os homens, por serem egoístas, estão sempre se destruindo, quer a pretexto de competição, de desconfiança, ou de glória. (Leviatã, São Paulo – Abril Cultural). Por isso, há uma guerra constante; que é de todos os homens contra todos os homens. A máxima: “se queres a paz, prepara-te para a guerra”, cada vez mais se torna real nas relações entre os homens e as nações.

O homem, pela sua própria natureza, busca a liberdade, mas se torna cada vez mais escravo de si mesmo e muitas vezes morre de forma inglória se julgando mártir da luta pela liberdade.

“Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provem de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” (I Corintios 2-11 e 12).

Que hoje seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

Conheça o meu blog: alfredopam.blogspot.com - o seu comentário é muito importante. Tenho blogs também no “brasilmetodista”, na UBE- União dos Blogstas Evangélicos e no WWW. Sônico- Comunidade: “Somos Metodistas”.

Veja também meu SIT em fase de reformulação: www.alfredopam.adm.br

Meus emails:

alfredo@alfredopam.adm.br

alfredovieira3@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário