terça-feira, 15 de dezembro de 2009

16- Religião, Filosofia e Ciência.

Introdução.

Nos dias de hoje a maioria das pessoas duvidam de que é possível uma fé definida, convincente e significativa. Adauto Lourenço (Cristão e Cientista) afirma que: “Aceitar a existência de um Criador é um ato racional. Aceitar quem é o Criador é um ato de fé.” Ao aceitar a existência de um Criador, o homem adota uma filosofia de vida que não se compromete com os preceitos da fé. Assim o conhecimento pode desenvolver um sentimento de auto-suficiência que favorece a liberação mental que reforça o materialismo e sufoca a possibilidade de uma visão e um crescimento espiritual. O desenvolvimento científico e os conceitos que invadem quase todas as esferas do pensamento estão a exigir uma revisão geral, Incluindo os que, tradicionalmente, são considerados pela maioria como verdade comprovada e indiscutível. Por isso entre as dúvidas levantadas pelos liinistas está a validade e a fundamentação da Fé. A defesa da “Fé” se dá pela religião que sustenta a necessidade do crescimento espiritual. A defesa do “Conhecimento” se dá pela ciência que busca provas insofismáveis a favor ou contra as muitas verdades e conceitos anteriormente afirmados. Esta discussão se dá pela filosofia que usa os métodos pedagógicos para confirmar as verdades afirmadas tanto pela religião como pela ciência através de técnicas próprias da educação.

Estaremos propondo a investigação tanto da possibilidade como da probabilidade de uma fé verdadeira e de real valor para os dias de hoje, examinando os fundamentos de sua validade. Analisaremos as razões dos argumentos específicos aceitos por certas correntes de pensadores que acabou influenciando o abandona de sua fé. Para isso pretendemos abordar algumas perguntas de interesse vital, tais como:

a) Uma fé consistente e racional pode ser intelectualmente digna de respeito diante dos avanços científicos e tecnológicos atuais?
b) Por que muitas pessoas, inteligentes e bem intencionadas tem renunciado a possibilidade de uma fé libertadora?
c) Será possível que tanto a natureza como as necessidades humanas tenham experimentado, no transcorrer dos séculos, uma mudança tão radical e profunda que princípios tais como a fé sejam agora considerados como superados e ausentes de sentido?
d) As experiências do presente (pragmatismo) vislumbram possibilidade da fixação de princípios verdadeiros e imutáveis que não sofrerão mudanças no futuro?
e) Qual seria, pois, essa verdade universal aplicável a todos os homens em qualquer tempo e lugar?

Conceitos Iniciais.

* Queremos conhecer o PRINCÍPIO de tudo, a razão das coisas, o porquê da existência, neste PRINCÍPO está o FIM da nossa busca, queremos o ALPHA e o ÔMEGA da razão e da criação. No âmago do ALPHA e do ÔMEGA está toda a verdade. Esta é a GNOSE do PAN e este PAN é o ON, é o SOU (Eu sou o que Sou), a consciência de si mesmo, o CONHECE-TE A TI MESMO. (P/AViS-ago/1957- Em “Pesquisas Esotéricas”).

*O conhecimento da verdade é a intenção mais elevada da ciência e se considera mais uma fatalidade do que intenção se, na procura da luz, provocar algum perigo ou ameaça. Não é que o homem de hoje seja mais capaz de cometer maldades do que os antigos ou os primitivos. A diferença reside apenas no fato de hoje ele possuir em suas mãos meios, incomparavelmente mais poderosos para afirmar a sua maldade. Embora sua consciência se tenha ampliado e diferenciado, sua qualidade moral ficou para trás, não acompanhando o passo. Esse é o grande problema com que nos defrontamos. Somente a razão não chega mais a ser suficiente. (Carl Jung).

* A educação é como alimento; não nos lembramos do que comemos na semana passada, talvez nem no dia de ontem, no entanto o alimento vai se aderindo ao nosso corpo e transformando em sangue, músculos, ossos, permitindo assim o nosso crescimento e a manutenção do nosso corpo físico. Assim também ocorre com o nosso intelecto e o nosso espírito que vão pouco a pouco assimilando aquilo que ouvimos e praticamos permitindo o nosso crescimento, intelectual, emocional e espiritual até alcançarmos a maturidade tão necessária aos homens que querem marcar sua caminhada pela prática do bem. (P/AViS-18/08/2009-3ª feira – 23h45minhs)

* A Ciência torna-se nobre, quando pesquisa em busca do conhecimento do Criador, empobrece-se e torna-se ridícula, quando faz o contrário, isto é, pesquisa sem levar em conta que todo o existente foi e está sendo criado e que nada pode existir sem uma origem e a regência de um criador. (P/AViS- Primavera de 2009).
* Se alguém supõem ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar incontaminado do mundo. (Tiago 1.26 e 27).
*Os conceitos da vida e do mundo que chamamos "filosóficos" são produtos de dois fatores: um, constituído de fatores religiosos e éticos herdados; o outro, pela espécie de investigação que podemos denominar "científica", empregando a palavra em seu sentido mais amplo. Os filósofos, individualmente, têm diferido amplamente quanto às proporções em que esses dois fatores entraram em seu sistema, mas é a presença de ambos que, em certo grau, caracteriza a filosofia. (P/AViS- Primavera/1987. Em “Serões de Filosofia”).

* “Filosofia" é uma palavra que tem sido empregada de várias maneiras, umas mais amplas, outras mais restritas. Pretendo empregá-la em seu sentido mais amplo, como procurarei explicar adiante. A filosofia, conforme entendo a palavra, é algo intermediário entre a teologia e a ciência. Como a teologia, consiste de especulações sobre assuntos a que o conhecimento exato não conseguiu até agora chegar, mas, como ciência, apela mais à razão humana do que à autoridade, seja esta a da tradição ou a da revelação. Todo conhecimento definido - eu o afirmaria - pertence à ciência; e todo dogma quanto ao que ultrapassa o conhecimento definido, pertence à teologia. Mas entre a teologia e a ciência existe uma Terra de Ninguém, exposta aos ataques de ambos os campos: essa Terra de Ninguém é a filosofia. (P/AViS-Primavera/1987. Em “Serões de Filosofia”).

* “Acontecem fatos extraordinários em nosso cotidiano que costumam ser denominados de acaso. O homem e a mulher são obras do acaso? Para responder a essa pergunta vamos definir o que é o acaso.
Segundo o dicionário Aurélio, o acaso é o conjunto de causas independentes entre si que, por leis ignoradas, determinam um acontecimento qualquer, de modo casual.
Filosoficamente, o acaso é o encontro acidental de duas séries de acontecimentos que são, cada uma delas, necessárias, como afirma Aristóteles.
Dizer que o homem e a mulher são um produto do acaso é afirmar que este está presente em cada fecundação, negando, assim a necessidade do caminho que o espermatozóide faz até chegar ao óvulo. Também não é algo acidental, pois, se o fosse, porque usar tantos meios para impedir esse caminho ou matar o zigoto?
Assim, podemos perceber que o homem e a mulher não são obras do acaso, mas causas dependentes entre si com resultados esperados, frutos de uma realidade superior ao acaso.” (Lailson Favacho - 3º Período de Filosofia Arquidiocese de Teresina).
Nos próximos textos, estaremos refletindo em termos de “defesa”, sobre a Religião, a Filosofia e a Ciência. Até lá! (P/AViS- 15/12/2009).

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