terça-feira, 22 de dezembro de 2009

17- Em Defesa da Religião

Introdução:

“Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês”. (1 Pe 5.7).

Sou professora aposentada. Estava conversando com Deus, pedindo orientação de como poderia ajudar a minha filha nos seus estudos (financeiramente). Comecei a meditar e resolvi voltar a dar aulas particulares. Mandei imprimir cartões com endereço e telefone e fui distribuí-los nas portas de várias escolas particulares do bairro. No princípio, fiquei com vergonha, mas Jesus me encorajava. Assim passei bom tempo. Quando retornei à minha casa, o telefone tocou. Era a mãe de uma aluna pedindo aula de reforço para a filha. Com o telefone na mão, agradeci a Deus pela sua fidelidade comigo. Essa aluna me abençoou arrumando outras. Hoje, aposentada, sou proprietária de uma escola com mais de trezentos alunos. Jesus olha o nosso coração. Deus é socorro bem presente para aqueles que O buscam. Ele é Pai que não abandona os seus filhos. Está passando por dificuldades? Os desafios da vida estão enchendo seu coração de medo, angústia e desânimo? Deus jamais planejou que você carregasse fardos que não pudesse suportar. Ainda hoje, você pode experimentar consolo, conforto, a proteção e provisão de Deus. Ele tem conselhos certos e sábios para orientá-los tanto nas decisões difíceis da vida como naquelas que parecem ser de menor importância. Para isso, primeiramente busque a Deus e, na presença dele, declare que você entrega sua vida, seu coração, seus sonhos e desejos a Ele e recebe Jesus como dono de sua vida. Fazendo isso, você se tornará em um filho de Deus, pois é pelo sangue de Jesus que somos feitos filhos de Deus. A partir de então, busque a Deus a cada dia, reserve um tempo para estar a sós com Ele, contemplando-o, meditando na sua Palavra e aprendendo a ouvir a sua voz. Não lhe faltará orientação para o viver diário, no final, os que são do Senhor irão morar no céu com Deus para sempre. Entregue hoje sua vida a Jesus! MCS (Extraído de um folheto com autor desconhecido).

“Não fiquem com medo, pois estou com vocês; não se apavorem, pois eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; eu os protejo com a minha forte mão”. (Is 41.10).


Poderes Militantes:

Muitos grupos e instituições estão em disputa buscando o domínio das massas. Existe um verdadeiro mercado de domínio em ação no mundo ofertando todo tipo de artigos para agradar e atrair as pessoas. Nesta militância destacam-se com muito vigor as religiões. Neste breve texto pretendemos demonstrar que esta luta pelo domínio é necessária, oportuna e de grande valia para conduzir a humanidade no seu progresso. Em nossos dias destacam-se, principalmente três grupos que pretendem dominar as massas e se firmarem como poder. São eles: a religião, a política e as informações ou comunicações. O sistema de globalização que se desenvolve facilita o desenvolvimento dos meios tecnológicos da informática que por sua vez se torna instrumento poderoso a serviço dos três.

Aqui o nosso destaque é a religião. Nunca as religiões estiveram tão ativas como em nossos dias, no que diz respeito à divulgação de seus princípios. Os milhões que eram gastos em construções de templos suntuosos no século passado, hoje são gastos em informações religiosas que propiciam as mais variadas opções de práticas espirituais. Com isso a religião nas mais variadas formas, se faz presente em todos os setores da atividade humana. Encontramos religiosos leigos e clérigos atuando nos esportes, no meio artístico, na política nacional e internacional, na ciência, em fim onde o homem atua a religião em uma de suas formas se faz presente. O seu poder de penetração e de presença atuante é incontestável.

A religião, à semelhança da filosofia, lança mão da educação como instrumento transformador da sociedade. Enquanto que a filosofia joga todas as suas cartas nos processos pedagógicos, a religião recorre à fé, à esperança e à solidariedade como meios de transformar o homem. Para isto ela possui uma linguagem hermética através de símbolos, histórias, lendas e parábolas que são traduzidas pela “Teologia”, que com os seus argumentos filosóficos procura transmitir para a humanidade a vontade de Deus. Por estes meios, há muitos milênios a religião tem servido de guia orientador do comportamento humano, prestando assim um relevante serviço à humanidade.

Se existem motivos para criticar a religião, muito mais forte são as razões positivas a seu favor. Desde Zoroastro até os nossos dias as religiões têm se mostrado com grande competência e incontestável poder transformador para o bem e para o desenvolvimento do pensamento humano. O seu conteúdo preservado pelas obras chamadas sagradas é um acervo de incalculável valor que se acha a disposição de todos os homens de bem e tementes ao Criador.

A Evolução Teológica:

De um modo geral se dá pouca atenção ao estudo da “Evolução Teológica”. Ela acontece num clima natural, de tal forma que os homens estão sempre imaginando que a visão atual é a verdade, e por isso se esquecem de buscar as causas do estado atual da Teologia. Com isto os sistemas vão surgindo num festival constante de novidades que ocorrem ao sabor da vontade da liderança, e as vezes até com algumas esquisitices passageiras (Leia nosso texto “Esquisitices Religiosas” a ser postado brevemente – Texto 27 – A Teologia da Graça). Cada líder religioso busca afirmações nas letras sagradas para afirmarem suas idéias e as massas vão sendo conduzidas sem conhecerem a essência dos ensinamentos sagrados. Numa visão espiritual, isto apresenta duas questões intrigantes: primeiro, o processo parece conduzido por uma vontade soberana que os adeptos, de um modo geral, denominam de divina, isto é, a vontade do profeta, de Jeová, de Alá, de Jesus, do Espírito Santo; segundo, o processo pode ser manipulado por pessoas que se dizem representantes de Deus, mas que na realidade possuem objetivos de ordem ideológica ou até de outras ordens e assim usam o nome da divindade para dominar as massas e impor seus ideais. Isto tem ocorrido em todos os tempos e com todas as religiões.

No entanto, um exame apurado prova que em momentos especiais, homens especiais são chamados pelo Criador para cumprir missões especiais neste planeta. Estes homens deixam marcas especiais na história e em muitos casos abrem novos horizontes e novas eras para o pensamento e o comportamento da humanidade.

Segundo as Teologias em geral, com raras exceções, no princípio o homem vivia com Deus, era seu amigo e mantinha intimidade com Ele. Com a queda ele perdeu este conhecimento. Ao perder a comunicação com Deus, os homens do passado inventaram diversos deuses para atender o vazio da saudade do amigo que era ao mesmo tempo o seu Pai e Criador.

A inteligência (razão) e a carência do amor paterno fizeram com que os homens racionalizassem a ideia da existência de Deus e criaram argumentos que foram passando de geração em geração através dos magos, filósofos e pensadores.

Em época bem recente (mais ou menos 500 a. C.), Platão defendeu uma Ideia do Bem: que apesar de impessoal, era um conhecimento incondicional completo, sendo a realidade básica da qual se desprendiam todas as outras realidades. Aristóteles ficou famoso pelo seu argumento sobre uma Primeira Causa, que carecia de princípio. Essa causa não era pessoal como o é Jeová, porém certamente tinha uma afinidade lógica com um Criador.
Bem mais recente, no século XI a. D., Anselmo de Cantebury, se tornou famoso pelo seu “argumento ontológico” a favor da existência de Deus, no qual mantinha que se o homem pode albergar o conceito de um Deus perfeito, esse ser deve então existir. Se Deus fosse apenas produto do pensamento humano, seria um ser imperfeito e, portanto, teríamos que buscar algo superior a esse próprio Deus.
Seguindo por estes princípios a humanidade continua ainda hoje discutindo a existência de Deus. Na verdade, é muito mais fácil argumentar pela existência de Deus do que pela Sua não existência.

A Igreja Cristã, na época apostólica enfrentou essa questão e Paulo foi incansável na defesa de um Deus supremo; mais tarde os Concílios através de encíclicas e credos confirmaram não só a existência de um Deus Criador e distante do homem, mas, também de um Deus que se fez carne em Jesus Cristo e habitou entre os homens, não só para ensinar e praticar o amor até as suas últimas consequências, mas para remir o mundo e permitir ao homem readquirir sua intimidade com Deus pela a ação do Espírito Santo.


O Subjetivismo Teológico:

O pensamento humana trilha dois caminhos distintos: o objetivismo (empirismo) e o subjetivismo (egotismo). São duas posições opostas. A primeira trabalha com o realismo e a segunda com o idealismo. Por subjetividade, em contraste com a objetividade, designamos aqueles “sistemas” de pensamento tais como a intuição, a fenomenologia, o existencialismo e tipos de pensamentos reconhecidos como irracionais e individualisados. A Teologia está comprometida com o sistema subjetivo. No século XIX, sob a orientação de homens como Shopenhauer, Darwin, Nietzche e Kierkegaard, chegou-se a dar grande importância à sensação, ao instinto e ao impulso animal valorizando o poder do irracional de um modo genérico, opondo-se à razão e ao intelecto. Os conceitos subjetivos opõem-se à ciência e a objetividade empírica. Seguiu-se a estes pensamentos o resgate dos antigos filósofos como Descartes que defendiam a matemática, a razão, as faculdades intelectuais a fé na razão. Isto significou um grande salto na evolução das Teologias e do pensamento humano. As tensões resultantes entre o racional e o irracional não só afetaram o pensamento filosófico, como também a psicologia, a arte, a política, a semântica e, em seguida as relações entre a ciência e a religião. Produziu-se uma vasta literatura sobre temas tais como fenomenologia, existencialismo, intuição, socialismo, comunismo, ateísmo, deismo e muitos outros que produziram profundas alterações na política, nas religiões e no comportamento do homem, criando o mundo ideal dos niilistas e provocando duas grandes guerras na primeira metade do século XX.

As teologias continuaram e ainda continuam na defesa subjetiva da fé, da esperança e da solidariedade. Dois grupos destacam hoje no mundo: os fundamentalistas (defendem a ortodoxia) e os conservadores (defendem a solidariedade ou o ecumenismo). São dois grupos bem distintos que vão se firmando com grande possibilidade de levar a humanidade a uma guerra mundial religiosa.

Daí a grande responsabilidade dos líderes religiosos diante dos grandes problemas que afligem a humanidade. Quem fará a melhor proposta? Esta é a grande questão!.Aqueles que não vêem a religião com simpatia podem estar certos de que ainda terão que conviver com ela durante alguns séculos.

E se Deus Existir Mesmo?

Conta-se que um ateu que percorria o país chegou, finalmente, a uma pequena aldeia onde pretendia fazer um discurso argumentando contra a afirmação da existência de Deus. Alugou o maior salão que havia na vizinhança e convidou toda a gente da redondeza para ouvir seu discurso. O salão ficou repleto e de imediato ele afirmou que achava ridículo a ideia da existência de Deus. À medida que discursava, começou a ganhar entusiasmo pela afirmação que fizera de que Deus não existira nunca e que estas ideias eram apenas criação de algumas mentes doentias. Por fim olhando para cima, esbravejou: “Se há um Deus e se este Deus tem todo o poder, então que me parta agora mesmo, diante de todos vocês, com um raio”. Toda a assistência ficou horrorizada com tal desatino e esperava a todo momento ver um raio por fim à sua vida.
Nessa altura, uma senhora, com seus cabelos brancos e já conhecida na comunidade como uma crente fiel em Jesus Cristo, colocou-se de pé e pediu a palavra. Com muita tranquilidade e segurança disse: “meu senhor, dá licença para que se faça uma pergunta?”. “Quantas quiser” respondeu o conferencista. Continuou a velhinha crente: “eu só queria saber uma coisa. Eu sou crente no Senhor Jesus já há muitos anos e durante todo este tempo o Senhor Jesus tem sido a minha maior consolação. Quando tenho dificuldades, faço minhas orações, conto a Ele os meus problemas e todas as minhas dificuldades são resolvidas. Quando estou triste e desanimada, falo com o meu Salvador e logo fico consolada. Por favor, diga-me, se no fim da minha vida encontro que o que o senhor está dizendo é a verdade e que, na realidade, Deus não existe, diga-me senhor, o que tenho eu perdido, visto que a minha vida tem sido tão feliz, crendo em Jesus? Sim, que tenho perdido?
“Bem, respondeu o ateu” – “na verdade, parece que a senhora não perdeu nada”.
Então, continuou a velhinha: vou fazer-lhe uma segunda pergunta. O senhor anda por toda parte a ensinar ao povo que Deus não existe e desafia a Deus proferindo blasfêmias quanto ao Seu santo Nome. E se no fim da sua vida, quando o senhor estiver às portas da morte, se nesta altura o senhor reconhecer que tem andado enganado e que, na realidade, Deus existe, o que é que o senhor terá perdido?
Pensativo e sem outra alternativa, o ateu respondeu: se no fim da minha vida descobrir que realmente Deus existe, então, sem nenhuma dúvida, terei perdido tudo, tudo mesmo!
A velhinha na sua simplicidade, soube calar aquele que se julgava o dono da verdade.
Existem muitos outros argumentos para confirmar que o absurdo mesmo é acreditar que todas estas maravilhas surgiram por acaso e que não existe uma inteligência soberana que comanda desde o elemento mais reduzido possível até ao imenso universo, onde suas leis são justas e perfeitas como canta o Salmista.
No entanto o mais sério é que Paulo afirma que fora da fé somos todos pecadores e maus e não há nem um justo, nem um sequer. (Leia Rm 3.9-20).
A nossa incredulidade não tem nenhuma influência sobre a fidelidade e a perfeição de Deus. O homem e a mulher que vive como se Deus não existisse, no fim da sua vida verá que, de fato está tudo perdido, pois uma das profecias de Deus é esta: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as gentes que se esquecem de Deus.” (Sl 9. 17).
Assim somos chamados não só para acreditarmos na existência de Deus, mas para participarmos de uma batalha que acontece principalmente dentro de cada um de nós.

Conclusão:

As religiões, de um modo geral, propõem uma vida nova, tanto para este tempo presente como para a eternidade. O cristianismo, o que mais nos interessa aqui afirma que depois da fé ter alcançado o seu apogeu intelectual, ela deve convencer ao adepto às respostas de ordem não-intelectual, isto significa uma mudança radical de idéia, de atitude e de comportamento, ou seja, a pessoa deve passar por uma conversão, dando início a uma nova vida, onde o intelectual e o espiritual se consolidam permitindo o que os teólogos chamam de crescimento espiritual e emocional.

Precisamos conceituar então o “espiritual”:

“Gosto de pensar na espiritualidade enquanto uma relação das experiências adquiridas, do conhecimento e do saber com a vida prática. Em outras palavras, pensar na conexão do interior com o exterior. A espiritualidade nos desafia a sermos uma pessoa que evidencia esta conexão em todos os momentos da vida.” (Bispo Josué Adam Lazier, em “Uma Tríade da Espiritualidade Ministerial: Carisma, Caráter e Caridade”, ele é Bispo na Igreja Metodista no Brasil).

Voltaremos ao tema no Texto nº 20: “A Revisão”.

A segurança é uma das maiores necessidades dos seres humanos, tanto individual como coletivamente. Nós, os homens, somos como crianças, Jesus disse até que somos semelhantes a crianças tocando flauta nas praças e de outra vez disse que aquele que não se fizer criança não entrará no “Reino de Deus”.

Isto, não só é verdade em um sentido geral, mas também de um modo particular no âmbito intelectual onde o homem sente necessidade de ordenar a sua vida com uma boa dosagem de subjetivismo e ao mesmo tempo de uma forma lógica entendê-lo. Este, o principal motivo do por que da busca da verdade, tanto religiosa como filosófica com um significativo potencial transformador. A busca do socorro em Deus deixa de ser uma forma de se acomodar e se torna uma fonte de poder onde o homem busca inspiração e soluções diante dos seus impossíveis, confiante na fidelidade e no poder infinito de Deus. A fé se torna aliada de providências científicas, tais como a organização, o planejamento e a execução, conduzindo o homem no verdadeiro caminho da prosperidade prometido pelo Divino.

Com o desenvolvimento do liinismo muitas barreiras dogmáticas foram desfeitas e o ateísmo se tornou numa espécie de religião, levando a humanidade a beira do abismo criando uma sociedade com um grande grau de apetite competitivo, o que está levando a humanidade a uma corrida desenfreada em busca do sucesso a qualquer custo. As doenças cardíacas, mentais e as depressões aumentaram de forma assustadora e a violência com todas as suas manifestações e formas vai tomando um vulto assustador, colocando em prova a sociedade laica que não tem conseguido dar respostas objetivas aos grandes problemas que flagelam a sociedade.

É, principalmente neste clima que surge o grande movimento mundial de renovação da religião, alimentado pelo próprio veneno do liinismo que não tem sabido dar respostas aos questionamentos inteligentes dos seus próprios adeptos. Neste caso a religião se vê reforçada na sua proposta de “Fé”. “Esperança” e “Solidariedade”, faltando apenas aos seus líderes uma visão ecumênica para que se possa alcançar o objetivo supremo do Cristo: “Que sejam um, como nós o somos”.

Contudo acredito na sobrevivência do que denomino de “Plano Salvífico”, ou seja, a “UNICIDADE E A UNIVERSALIDADE DO MISTÉRIO DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO NA CRUZ DO CALVÁRIO” como dado perene da sobrevivência da igreja como sinal da “verdade libertadora” de Jesus Cristo visto e aceito como Filho de Deus, Senhor e único salvador, que no evento da encarnação, morte e ressurreição realizou a história da salvação, a qual tem n’Ele a sua plenitude e o seu centro.

“Crer nisso me traz muita paz e segurança para acreditar no futuro do homem, alvo primeiro de toda a preocupação do “Deus Altíssimo”, revelada em Jesus Cristo que deu garantia de que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua IGREJA.”

Nestes termos o Espírito Santo cumprirá a sua missão e unirá a todos, não de forma política, geográfica ou ideológica como pensam alguns, mas de forma espiritual, permitindo que cada um permaneça em seu próprio tanque. (P/AViS- 22/12/2009).

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