quinta-feira, 3 de março de 2011

Breves Reflexões 035/100

35- Sobre a Espiritualidade (I). (BR 67)

“Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês.” (Efésios 4-32).

Gosto de pensar na espiritualidade enquanto uma relação das experiências adquiridas, do conhecimento e do saber com a vida prática. Em outras palavras, pensar na conexão do interior com o exterior. A espiritualidade nos desafia a sermos uma pessoa que evidencia esta conexão em todos os momentos da vida.

Não somos um ser humano que está passando por uma experiência espiritual. Somos um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana. Estamos todos interligados; seres humanos, seres espirituais, seres animais, seres minerais, seres vegetais, enfim, toda a natureza na terra e nos céus acha-se em constante relação. Uma ação, por mínima que seja, em qualquer lugar gera mudanças em outros locais, às vezes muito distante. Um simples gesto de amor que já nem lembramos mais pode estar gerando alegrias e felicidades, assim como um gesto de orgulho, soberba ou vingança pode estar gerando discórdia e violência em muitos locais. Este é o campo espiritual aonde as coisas vão e vêm como as ondas do mar. O bem ou o mal que fazemos hoje poderá retornar, um dia, a sua origem, que neste caso somos nós mesmos.

Esta é a lei da semeadura: “O que plantamos ou semeamos, a seu tempo colheremos”.

No que se refere aos ministérios desenvolvidos, a espiritualidade conecta o sentido de vocação com os atos ministeriais praticados. Destaco, portanto, uma tríade nesta
espiritualidade ministerial: carisma, caráter e caridade. Sem carisma não há qualidade e autoridade no ministério que se exerce, sem caráter não há autoridade nas ações pastorais e ministeriais e sem caridade não dá para chegar ao coração das pessoas com as quais trabalhamos.

Carisma.

Ao falar de carisma estou me referindo ao ato de reconhecimento e de mandato dado pela Igreja. O carisma, seja do ministério pastoral ou dos ministérios laicos, é reconhecido pela comunidade cristã e desenvolvido em sintonia com a eclesiologia. Não cabe, seja qual for a denominação, um ministério autônomo e sem qualquer relação com as doutrinas, em especial a que define o modo de ser igreja.


Carisma significa o dom através do qual o Espírito Santo age na vida do cristão e da Igreja na medida em que o cristão se oferece a Deus em resposta ao Seu amor. O carisma se evidencia de forma comunitária e não individualizada, pois ele se expressa por meio da dedicação da pessoa ao serviço de Deus e por meio da Sua Graça.

Em outras palavras, é o carisma que atribui autoridade ao ministério, não é o pessoal, não são os dons pessoais ou os talentos da pessoa, e sim o mandato, a ordenação ou a consagração realizada pela comunidade de fé.

“As palavras dos bons são uma fonte de vida, mas as palavras dos maus escondem a sua violência.” (Provérbio 10.11).

Que este seja um dia especial em sua vida.

Seu irmão e servo Ev. Alfredo Vieira

Conheça o meu blog: alfredopam.blogspot.com - o seu comentário é muito importante. Tenho blogs também no “brasilmetodista”, na UBE- União dos Blogstas Evangélicos e no WWW. Sônico- Comunidade: “Somos Metodistas”.

Veja também meu SIT em fase de reformulação: www.alfredopam.adm.br

Meus emails:

alfredovieira3@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário